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Angeli Almeida (Geli)
01 de Novembro de 2010, às 09:30
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Da Redação

Aliança Futsal Clube

iguaimix.com - Qual o motivo que levou á criação do Aliança Futsal Clube?

Geli - O Aliança começou com um grupo de amigos que jogavam no Veigão. Aí, quando inaugurou o Ginásio de Esportes, a gente foi bater o baba no domingo. Era todo domingo pela manhã. Quando começou o campeonato, a gente formou um grupo para disputar a competição e, desse grupo, surgiu o Aliança em maio de 1990. A primeira reunião foi no dia 14 de Maio e a segunda no dia 16.

iguaimix - Quais os parceiros que contribuíram para a criação do Aliança?

Geli - Os parceiros foram eu, Helio Pinto e  Nenê. Nós fomos no ateliê de Nei, que fazia propaganda de rua, falamos: como nós somos um grupo, vamos fazer uma Aliança. Aí surgiu esse nome: Aliança. Quem sugeriu foi Nei. Primeiro surgiu o nome do Juventude, que foi para a votação, depois Esperança. Esses nomes foram para a votação, mas o nome sugerido por Nei, Aliança, ganhou com facilidade. E começou com um grupo lá do Veigão, que era um grupo de amigos: Valci, Werlei, Nenê, Tida, Nuna, Cau, essa turma aí.

iguaimix - Era objetivo de vocês, desde o início, transformar o Aliança em uma referência para o futsal da região?

Geli - Nós começamos pensando que tinha time melhor que o Aliança, na época. Quando nós chegamos lá, tinha o Santos no auge, tinha o Coroas, também no auge, e nós chegamos e nem uniforme nós tínhamos. Então a gente foi para a feira, na década de 90, tinha umas camisas amarelas do Brasil. Nós fomos até a barraqueira e compramos dez  camisas, as mais baratas. Só que tinha o número 90, relacionado à copa do mundo. Nei veio com a ideia de pintar de azul, passar o azul em cima do nome, por isso que o Aliança ficou marcado pela cor azul.

iguaimix.com - Qual o critério utilizado pelo Aliança na escolha dos jogadores?

Geli - Em primeiro lugar, era os amigos, era a amizade e pessoas que queriam jogar. Na quela época, as pessoas gostavam muito do futebol de salão no ginásio de esportes, cada qual tinha um grupo e nesse grupo a gente falou: olha pessoal a gente está aqui, mas tudo tem que ser organizado, desse grupo a gente vai fazer um time competitivo. Era difícil, pois tinham muitos times melhores que o nosso, mas o nosso objetivo não era chegar onde nós chegamos não, até por que nós não tínhamos essa consciência de que o Aliança iria chegar onde chegou.

iguaimix.com - Qual o segredo na manutenção da base que ficou por muito tempo como a melhor ?

Geli - A união e a amizade que a gente tinha um com o outro. Tudo o que nós íamos decidir, nós conversávamos com o grupo e o grupo decidia. A decisão sempre foi tomada em grupo. A gente nunca foi ditador. Sempre quando ia decidir alguma coisa, a gente conversava. Então, a união foi que fez o Aliança durar tanto tempo.

iguaimix.com - Você já teve outras experiencias no esporte, seja como atleta, dirigente ou até mesmo treinador?

Geli – Sim, no início eu era atleta do Aliança. Eu, Hélio, Nenê, Beto Coruja e outros, no inicio foi essa turma toda. Eu não era o capitão, porque Nenê era mais chefão, mas eu participava ativamente. Eu era o titular, por isso que o Aliança não ganhava nada (risos).

iguaimix.com - Qual era a relação do Aliança e a Seleção de Futsal de Iguaí?

Geli - Como qualquer seleção se faz de atletas, o Aliança só fazia ceder seus jogadores para a seleção, mas nunca teve uma ligação assim: Seleção e Aliança.

iguaimix - E após um longo período de sucesso, afinal qual foi o grande motivo para o término do Aliança?

Geli - Deve ser a velhice, porque, depois que a gente fica velho, a gente fica cansado. O Aliança estava velho, estava meio cansado, mas, na verdade, foi o rumo que o futsal de Iguaí tomou com a chegada de alguns dirigentes com pensamentos revolucionários e diferente do que o Aliança mantinha e de que o futsal mantinha. Isso fez com que a gente se chateasse. Fiquei chateado até com a direção do ginásio, porque não tinha motivo de, às vezes, nos tratar mal. Às vezes não dava o respeito que o Aliança conquistou. Na verdade, a gente nunca conseguiu nada sem luta, então a gente acabou se chateando com isso. Também a saída de Hélio, a morte de Nenê... Desde a morte de Nenê que o Aliança já foi se acabando, porque ele tinha uma expressão muito forte, depois Hélio saiu, já foi uma queda do Aliança. Eu ficar sozinho também no comando, isso pesou muito. Teve gente que chegou para ajudar, mas não era aquela amizade, aquele sangue azul que corria nas veias. A gente não só criou, como o mantivemos por muito tempo. Quando chegava alguém para ajudar. não era aquele gosto, aquele prazer que a gente tinha, porque nós éramos como se fôssemos irmãos: eu, Hélio, Nenê, Nuna, Tida... Apesar de que Nuna só fez alguns jogos com o Aliança, mas na verdade a gente era quase como irmãos. O pessoal conhecia a gente como se fôssemos primos e, na verdade, não tem ligação de sangue nenhum. Tanto que Hélio casou-se com minha irmã. Mas, na verdade,  aquela união que a gente tinha, quando fomos perdendo essas pessoas no time, foi caindo. A gente não achava parceiros à altura, o pessoal cobrava muito, mas ajudava pouco. Exigia que o Aliança ganhasse, mas não fazia nada para que o Aliança chegasse à conquista. Mas o real motivo mesmo foi o cansaço. O tempo vai ficando longo, aí vão aparecendo outras atividades para a gente fazer. É isso aí, mais ou menos isso aí.

iguaimix.com - Qual a possibilidade de um torcedor  assistir novamente a uma partida do Aliança em uma competição oficial?

Geli - Se depender de mim, eu acho que nunca mais.

iguaimix.com - Como você se sente ao chegar no Ginásio de Esportes e saber que o Aliança não estará em quadra?

Geli - Saudades, não tenho outra palavra para falar que não seja saudades. Eu gostava do Aliança. O Aliança para mim era minha vida, eu tinha outras coisas, lógico que tinham outras coisas, mas no futsal o Aliança era a minha vida. Eu, praticamente, dos vinte aos quarenta anos, vivi praticamente dentro do Ginásio. Havia época, desses vinte anos, que eu ficava em casa agoniado. Eu gostava de estar no Ginásio, ia nos babas do Aliança e também gostava de estar no Ginásio comentando futsal, escutando, olhando aqueles jogadores que iam se destacando nos times, nas competições. A gente observava, analisava, mas hoje em dia eu vou lá no Ginásio de Esportes mesmo só por ir mesmo.
iguaimix.com - Como você avalia o futsal hoje em Iguaí?

Geli - O Futsal, hoje, em Iguaí está em decadência, porque Iguaí não tem um trabalho de base por parte da secretaria de Esportes. Nunca houve um trabalho de base no futsal de Iguaí, você tem que realizar competições sub 15,16,17. Não tem torneio organizado e não se destaca nada. São torneios muito bagunçados, então eu vejo em decadência. Se ficar desse jeito aí, o Ginásio de Esportes, a estrutura que nós temos aqui estará perdida, porque o futsal de Iguaí, hoje em dia, é respeitado na Bahia toda, mas se continuar desse jeito os jogadores vão ficando velhos e não vão surgindo outras pessoas e a tendência é acabar. Se não acabar, perde a credibilidade, o ânimo. Hoje em dia, os dirigentes não valorizam mais os jogadores de Iguaí. Preferem pagar vinte para trazer um jogador de outro lugar e não pagam dez para os da cidade, que, por mal costume, ou por culpa deles mesmos não querem jogar mais de graça. Eu dou até razão eles não jogarem de graça, ate porque se traz os caras lá de fora pagos, por que os daqui vão jogar de graça?

iguaimix.com - Quais foram as principais conquistas do Aliança?

Geli - O primeiro troféu que a gente ganhou foi muito importante.  Foi contra o Santos, que era o rival da gente. Nós aprendemos muito com o Santos. Houve também o primeiro Campeonato de 1997, que foi um campeonato muito importante, porque era em homenagem a Nenê e a gente tinha a obrigação de ganhar esse campeonato. Houve outros e outros que a gente ganhou, mas foram importantes todas as competição que a gente participava. A gente encarava com seriedade, não importava o adversário, não importava a competição. A gente sempre encarava como um desafio a ser superado, nos focávamos no adversário porque ele era o mas importante naquele momento. Mas teve também em noventa e cinco, nós fomos disputar em Gandu. Nós saímos como vice lá, mas o primeiro desistiu. A gente foi disputar a final da competição em Vitória da Conquista. Jogamos contra o Vitória da Bahia, jogamos contra a UESB de Conquista. A gente perdeu as duas partidas, mas isso foi muito importante para a gente porque a gente jogar com o Vitória da Bahia, sair de Iguaí  numa kombi, chegar em Conquista com fome e enfrentar o Vitória, que tinha chegado um dia antes em um ônibus em que cabiam trinta kombis dentro e a gente jogar de igual para igual. Então, isso para a gente era muito importante e era isso que nos valorizava.
 
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