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Cacau produzido no interior baiano fascina comitiva internacional

04 de Julho de 2012, às 11:00

Por Agecom/BA

Na próxima sexta-feira (6) começa em Salvador, no Centro de Convenções da Bahia, prosseguindo até domingo (8), o Salon Du Chocolat, evento que acontece anualmente em Paris, na França, e outras capitais mundiais, e, pela primeira vez, será realizado na América Latina, em um país produtor de cacau. Chocolatiers, chefs que trabalham com chocolate, produtores e empresários vão conhecer o diferencial da amêndoa baiana.

 

Foto: Mateus Pereira/Secom

 

Nesta terça-feira (3), uma comitiva composta por 34 chocolatiers da França, Espanha, Portugal, Bélgica, Itália, Dinamarca, Japão, Costa do Marfim e São Thomé e Príncipe visitou a Fazenda Santa Cruz, no distrito de Taboquinhas, no município de Itacaré, onde conheceram o processo produtivo do cacau. Alguns dos empresários vão participar do salão.

Para o organizador do Salão na Bahia, Diego Badaró, esta é a oportunidade para discutir o futuro do cacau e do chocolate, além de formas de agregar valor à produção. “Pela primeira vez o Salão acontece em um país produtor e, com isso, vamos poder colocar os produtores baianos em contato com os melhores chocolateiros do mundo. É um momento em que todas as atenções do mundo do chocolate estão voltadas para o estado”.

O criador da marca Salon du Chocolat, François Jeantet, afirmou já ter visitado a Bahia, mas ficou encantado com a paixão com que o cacau é produzido. “Sinto o renascimento do cacau, muito ligado ao meio ambiente. Estou voltando agora ao estado com meus amigos para que conheçam este processo também”. 

Momento histórico 

De acordo com ele, “a Bahia reúne todas as condições para produzir chocolates finos, e a vinda de chocolateiros internacionais para investir em fábricas aqui é questão de tempo”.

Segundo a Câmara Setorial do Cacau, já são mais de 32 mil produtores baianos, responsáveis por 70% da produção nacional, o que representa 160 mil toneladas de amêndoa por ano.

Para o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, este é um momento histórico para o cacau da Bahia. “Nossa intenção é alavancar a cultura do cacau que produzimos e atingir, a médio prazo, a produção de 400 mil toneladas de cacau por ano”.

Bahia aposta no chocolate gourmet 

O cacau no Brasil leva a marca da agricultura sustentável, com o sistema cabruca, sendo responsável também pela preservação da Mata Atlântica. Esse foi um dos diferenciais do cacau baiano mostrado à delegação de chocolatiers internacionais.

A chocolateira de Paris, Anne Benoit, declarou que “é importante conhecer o processo de produção do cacau brasileiro. A gente percebe os cuidados com que é feita a plantação, colheita e secagem. Além disso, existe a preocupação com a conservação da natureza. Tudo isso é fundamental para a produção de chocolates finos”. 

Confiável 

Segundo o secretário Eduardo Salles, o objetivo da vinda dos produtores de cacau é demonstrar que a Bahia pode ser um fornecedor confiável de cacau, e atrair para o estado as indústrias de chocolate gourmet ou fino, com mais de 70% de cacau na sua composição.

“Pretendemos fazer com que a Bahia deixe de ter o cacau vendido como commoditie, cotado na Bolsa, e vender a amêndoa como uma preciosidade, com valor agregado, para produção de chocolates gourmet”.

O presidente da Câmara e do Instituto Cabruca, voltado para a sustentabilidade do processo, Durval Libânio, disse que a meta dos produtores não é expandir a área plantada e sim agregar valor. “É preciso promover também o consumo interno de chocolate gourmet, a partir de variedades de cacau com amêndoas selecionadas. A Bahia tem variedades como o cacau Maranhão, Catongo, Parazinho e o clone PS 1319, ideais para a produção de chocolates finos”. 

Harmonizar 

O chef francês Jean Pierre Dujon pretende harmonizar o chocolate do Brasil com as frutas nativas para levar à França. “Nós buscamos harmonizar chocolates de países diferentes, e aqui, no sul da Bahia, vamos aproveitar para fazer com produtos como pimenta, cupuaçu, maracujá e graviola”.

“Além de adquirir amêndoas, vamos divulgar o cacau baiano na Europa. O sul da Bahia produz um cacau especial, amenolado, com sabor diferenciado e que agrada ao paladar europeu”, disse o chocolateiro francês Jean Pierre Bensaid, enfatizando estar feliz com a oportunidade de conhecer fazendas de cacau na Bahia e o processo de produção. 

Jornalistas participaram das visitas

As atividades dos chocolatiers e jornalistas internacionais fez parte da programação do Salon du Chocolat da Bahia. Até agora, o evento só acontecia em Paris, Nova York, Tokyo, Moscou, Shangai, Madrid, Cairo, Bologna, Marselha, Lille, Lyon e Bordeaux.

“Esta parte é fundamental para nós jornalistas conhecermos a cadeia produtiva completa, pois, quando você entende o processo, fica mais fácil transmitir isso para o leitor desde o princípio do cultivo até o produto final. É bom ver o cuidado tido no processo que acaba por determinar a qualidade da fava”, afirmou a repórter do Caderno Paladar, do Estado de São Paulo, Cintia Bertolino.

Para o correspondente da agência de notícias Ansa, Roberto Catani, a preservação da Mata Atlântica foi um grande diferencial. “Tem uma relação muito mais integrada com o meio ambiente, algo que, com certeza, o público na Europa vai se interessar”.

Outro destaque vai ser a clara diferença entre a cultivação do cacau por aqui, em comparação com outros países, onde acontece de forma mais primária, menos consciente de quais são as verdadeiras necessidades para producão do fruto”. 

Visita à Ceplac 

Na segunda-feira (2), eles assistiram a uma palestra no auditório do Centro de Treinamento da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), visitaram os laboratórios e a fábrica de chocolate da instituição, uma unidade de produção de liquor de chocolate destinado à pesquisa, treinamento e incubação de mini, pequenas e médias empresas produtoras de chocolate.

Após a visita à instituição, a comitiva almoçou no Restaurante Bataclan, conhecido por meio dos romances de Jorge Amado. À tarde, o grupo participou do Festival Internacional do Chocolate, encerrado nesta segunda, no Centro de Convenções de Ilhéus.

 
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