G1 - Por que você ficou sem gravar músicas inéditas por três anos? O que você fez nesse tempo?
Nando Reis - Na verdade eu estava fazendo muitas outras coisas, estava bastante dedicado ao ‘Bailão do Ruivão’ e a outros trabalhos. Eu nunca tinha feito um disco só com músicas de outros artistas, foi algo diferente do que eu costumo fazer. Fiz outras coisas também. Foi um intervalo natural entre os discos, acho importante dar esse tempo, eu costumo intercalar.
G1 - Como é sua relação com a Bahia e com o público baiano nos shows?
Nando Reis - A Bahia é diferente, é um lugar único. Eu gosto demais de tocar ai, há muitos anos toco ai. Lembro de uma turnê em 85 e a gente ainda era bem desconhecido, os shows eram muito bons. Mesmo antes de tocar profissionalmente, eu já tocava na Bahia. Inclusive a primeira vez que eu andei de avião foi uma vez voltando de Salvador. É um lugar muito lindo e musical, mas os shows sempre são únicos, independente do lugar. Lembro uma vez que fiz shows num teatro no Corredor da Vitória, eram quatro dias de shows e cada dia fizemos um show diferente. Há sempre um entusiasmo típico baiano, constante, um puta astral e eu estou feliz da vida de tocar ai. A parte gratificante do meu trabalho é essa, é essa alegria de poder ir aos lugares e sentir isso.
G1 – Como você define seu atual momento musical?
Nando Reis - Eu estou muito feliz, numa sintonia ótima com a minha banda. Estamos juntos desde que comecei a fazer shows, em 2000, com algumas variações, mas sempre foi mantido o mesmo núcleo. A formação atual é a que eu mais gosto. Estamos comemorando 10 mil discos vendidos pelo site, um número incrível. Encontrei um jeito muito particular de me relacionar com meu público, através das redes sociais, estamos próximos, e eu quero mesmo é que o pessoal baixe minha música, que ouça minhas canções, não importa se eu vou vender discos ou não.
G1 – Suas canções já fizeram parte de muitas trilhas sonoras de novelas, já embalaram muitos personagens e histórias. Você gosta de se ouvir nas novelas?
Nando Reis - Estar na trilha de uma novela, não importa o horário, é uma maneira muito forte de divulgar o trabalho porque a novela tem uma penetração enorme no Brasil. Eu gosto, mas por outro lado não fico criando muita expectativa para isso, meu trabalho segue independente disso porque não depende muito de mim. ‘Sei’ [tema dos personagens Laura e Edgar, em Lado a Lado] e ‘Pra Você Guardei o Amor’ [tema de Débora e Pedro, em Cama de Gato] eram temas de duas novelas das seis que fizeram muito sucesso. Essa última, eu lembro bem, foi em 2009, 2010, a música não tocava no rádio mas tocava na novela, e as pessoas criaram uma empatia muito grande com os personagens. Era a trilha de um casal meio secundário na trama que acabou ganhando mais destaque pelo sucesso da música. Então cada uma acaba tendo a sua história.
G1 – Você tem escutado a música produzida atualmente na Bahia?
Nando Reis - A Bahia tem uma velocidade enorme para colocar pessoas, ritmos e sonoridades na música. Eu estou meio por fora do que está acontecendo hoje ai, mas as duas pessoas de maior importância na minha formação são Gilberto Gil e Caetano, e isso já diz tudo.
Serviço:
Nando Reis & BaianaSystem
Data: 18 de maio de 2013, às 22h
Local: Bahia Café Hall
Ingressos: Pista R$ 50,00 (meia) / Área Vip – R$ 80,00 (meia) / Camarote Open Bar – R$ 120,00
Locais de Venda: Balcões da Ticketmix (Shopping Barra, Shopping Iguatemi, Shopping Paralela e Salvador Shopping).
Classificação: 18 anos (Camarote Open Bar) / 16 anos (pista e área VIP)
Do G1 BA
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