Na última terça-feira, após quase três anos em obras, a Arena Corinthians finalmente foi entregue pela empreiteira Odebrecht à equipe alvinegra, que agora é de fato dona do estádio, ainda incompleto. Construído desde maio de 2011 em um terreno em Itaquera, na zona leste de São Paulo, o estádio era um “sonho” desde 1988, revelou a vice-prefeita da capital paulista, Nádia Campeão, durante o evento de “passagem de chave” do local.
“Em 1988, o metrô chegou aqui, e a estação se chamava Corinthians-Itaquera. Itaquera já estava aqui, mas o Corinthians era um sonho. Havia o terreno ao lado, mas ter o Corinthians era apenas um sonho. Por isso, havia esse compromisso que alguma coisa acontecesse aqui, na zona leste. Anos atrás, isso aqui era um bolo de terra, uma passarela que acabava em lugar nenhuma. Em 2014, após três anos, isso recebe uma transformação incrível”, discursou Nádia, para quem o Mundial serviu como um “catalisador” para que o sonho corintiano virasse realidade.
“Nós podemos dizer que a Copa, a cerimônia de abertura, certamente foi um catalisador. Mas todos os esforços anteriores por parte por parte da prefeitura já estavam presentes”, salientou.
A prefeitura de São Paulo teve papel decisivo para o estádio sair do papel. Em julho de 2011, o então prefeito Gilberto Kassab sancionou lei que autorizou a concessão de diversos incentivos fiscais para a Arena. Foram emitidos CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento) para bancar até 60% de seu valor inicial estimado: R$ 420 milhões.
No evento de terça, porém, o responsável pelas obras do estádio, Andrés Sanchez, admitiu que o estádio estourou em 18% o orçamento imaginado pelo Corinthians e pela Odebrecht. “O valor final ficou entre R$ 950 e R$ 960 milhões”, disse o ex-presidente alvinegro. Construtora e clube esperavam gastar R$ 100 milhões a menos.
Por ESPN
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