Fora, nostalgia: entenda momentos atuais de Brasil e França
Durante os dias de preparação para o jogo entre França e Brasil, foi inevitável falar sobre a final da Copa do Mundo de 1998. Um novo duelo entre os times no Stade de France resgata essas memórias, então muitos jogadores, como Philippe Coutinho , e até o treinador Dunga falaram sobre isso. Mas já ficou claro que esses duelos não têm nada a ver .
Chegou o grande dia do jogo e é preciso parar de olhar para o passado. Brasil e França se enfrentam nesta quinta-feira, às 17h (de Brasília), então deixe a nostalgia de lado e veja como está o momento atual de cada seleção.
França
Retrospecto recente: assim como o Brasil, a França foi eliminada pela Alemanha na Copa do Mundo de 2014, mas nas quartas de final. Impôs dificuldades ao time germânico e só perdeu por 1 a 0. Que diferença para o “7 a 1”!
Depois da Copa, a França ficou invicta: fez seis jogos, venceu quatro e empatou dois. As vitórias contra Espanha e Portugal foram bastante significativas.
Ponto forte: organização defensiva. O time francês tem boa compactação atrás e muita força física, então não costuma sofrer gols. Na Copa levou três em cinco jogos. Nos últimos seis amistosos sofreu apenas três também.
Ponto fraco: desfalques no meio-campo e no gol. Os volantes Paul Pogba e Yohan Cabaye foram titulares na Copa, mas precisaram ser cortados dessa vez por causa de lesões. Isso vai atrapalhar tanto a defesa quanto a armação de jogadas. Além deles, outro desfalque de última hora foi o goleiro Hugo Lloris, que é capitão e líder do time.
Jogadores de destaque: o óbvio é falar de Karim Benzema, que vem de duas temporadas excelentes no Real Madrid. Mas é importante ficar de olho também em Antoine Griezmann, do Atlético de Madrid, jogador habilidoso, que abre pelas pontas, mas também sabe entrar na área e fazer gols.
Dúvidas para resolver: como a França vai sediar a Eurocopa de 2016, não precisará disputar as eliminatórias da competição. Então o técnico Didier Deschamps já avisou que aproveitará os amistosos para fazer testes no time. O objetivo dele no jogo, além de vencer, é ganhar mais opções de escalação, tática e estratégia.
Provável escalação: Mandanda; Jallet, Sakho, Varane e Evra; Matuidi, Sissoko e Schneiderlin; Griezmann, Valbuena e Benzema.
Brasil
Retrospecto recente: o vexatório “7 a 1” contra a Alemanha na Copa do Mundo nem precisa de comentários. Mas a ressurreição do time com Dunga tem sido impressionante: seis vitórias após duelos contra Colômbia, Equador, Argentina, Japão, Turquia e Áustria.
Ponto forte: organização defensiva. Assim como a França, o Brasil tem mostrado qualidade na defesa – sofreu apenas um gol nessas vitórias recentes. O problema é que a dupla Thiago Silva e Miranda vai jogar pela primeira vez desde o início. Será que conseguirão manter a marca?
Ponto fraco: “Neymar dependência”. Já faz tempo que a Seleção Brasileira depende de Neymar para jogar bem, mas isso ficou ainda mais escancarado na Copa do Mundo. Dunga ainda não conseguiu resolver esse problema, apesar de tentar mudar a formação no ataque com frequência.
Jogadores de destaque: o óbvio é falar de Neymar. Mas outro jogador também tem se destacado sob o comando de Dunga: Willian, do Chelsea. Ele entendeu melhor a movimentação proposta por Dunga e tem feito gols com frequência – decidiu contra o Equador e brilhou no jogo contra a Turquia exatamente porque soube se aproximar de Neymar e criar mais opções ofensivas.
Questão para resolver: formação ofensiva. No ataque existe uma dúvida por causa do corte de Diego Tardelli, que era o “falso 9” titular de Dunga. Roberto Firmino foi o único testado nessa função, mas não está confirmado como titular. Outras opções são Luiz Adriano, centroavante mais fixo, e Robinho, dando mais mobilidade.
Provável escalação: Jefferson; Danilo, Miranda, Thiago Silva e Filipe Luis; Luiz Gustavo e Fernandinho; Oscar, Willian, Neymar e Roberto Firmino.
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Por Terra