Mário de Andrade dá a tônica do show de abertura da Flip 2015
“Música na Praça” reúne Luís Perequê e o grupo Os Caiçaras, voltados para a arte popular paratiense, além da cantora paulistana Dani Lasalvia
Formado pelo Conservatório de São Paulo, professor e crítico musical, Mário de Andrade (1893-1945) foi um desbravador da música popular de raiz do Brasil nas expedições em que participou e patrocinou como secretário de cultura de São Paulo: ritmos indígenas, músicas africanas, acalantos, ranchos, modinhas, cirandas. A diversidade de tons estará presente no Show de Abertura da Flip 2015, Música na praça. Apresentando canções de sua autoria, Luís Perequê abre a noite. Na sequência, uma convidada do artista caiçara ganha a Tenda da Flipinha, a cantora Dani Lasalvia – que interpreta algumas das canções coletadas por Mário. A ciranda, que o escritor modernista chamou de “dança dramática”, estará representada pelo grupo Os Caiçaras. O show, gratuito, acontece ao lado da Igreja Matriz, na quarta-feira (1º de julho), às 21h30, após a sessão de abertura da Flip 2015.
Considerado um dos principais interlocutores da cultura paratiense, o poeta e compositor Luís Perequê tem a obra atravessada pela relação entre a história local e suas tradições, que aparece nos quatro álbuns lançados pelo artista.
O show abrirá com um coral de crianças de Paraty, que cantará uma composição de sua autoria, Flipinha. Entre as canções que serão apresentadas por Perequê estão Um canto caiçara, Aves e evas, Eu brasileiro, Vem comigo.
A intérprete Dani Lasalvia tem um projeto musical ligado às pesquisas realizadas por Mário de Andrade e aos ritmos que o autor de Macunaíma compilou ao longo dos anos. Em sua apresentação, Dani intermediará ritmos populares como as canções de viola, os acalantos, ritmos indígenas com canções como O Trenzinho Caipira, de Heitor Villa-Lobos, compositor que uniu o erudito e o folclore na música instrumental, com trechos das obras de Mário de Andrade. “Vou falar desse Brasil que ele tanto queria que as pessoas conhecessem”, conta.
O show se encerra com uma ciranda com o grupo Os Caiçaras, de Paraty, na Praça da Matriz. “O encerramento do show na praça, envolvendo toda a população de Paraty e o público da Flip, une a música com a ocupação do território, duas questões presentes na vida e obra de Mário de Andrade, que serão uma das tônicas da Flip 2015”, afirma Mauro Munhoz, diretor-presidente da Associação Casa Azul e diretor-geral da programação principal.
Música na praça
Local: Tenda da Flipinha
Quarta-feira, 21h30
Luis Perequê
Dani Lasalvia
Os Caiçaras
Gratuito
Flip 2015
A 13ª edição da Flip, que acontece de 1º a 5 de julho, terá Mário de Andrade como autor homenageado.
Quem faz a Flip
A Casa Azul é uma organização da sociedade civil de interesse público que desenvolve projetos nas áreas de arquitetura, urbanismo, educação e cultura. Desde as primeiras ações, há mais de vinte anos, vem desenvolvendo uma metodologia de leitura territorial capaz de potencializar importantes transformações no território. Em Paraty, onde a associação se originou, esse processo levou à realização de ações de permanência, com projetos como a Flip, a Biblioteca Casa Azul e o Museu do Território, entre outros.
Patrocínio
A programação da Flip conta com o patrocínio oficial do BNDES, Itaú, Petrobras, apoio do Sesc e outros parceiros em vias de confirmação. É realizada por meio das leis de incentivo à cultura do Governo do Rio de Janeiro e da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro e do Ministério da Cultura do Governo Federal.
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Por Ascom /Flip 2015