Adab propõe criação de Área Livre da Sigatoka-negra para regiões do território baiano
Após realizar levantamentos de detecção e identificar focos da Sigatoka-negra nas lavouras do Recôncavo Baiano (Cruz das Almas e Maragogipe), adotando medidas fitossanitárias para minimizar o risco da disseminação da doença, os fiscais da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), elaboraram um Plano de Contingência da praga.
O objetivo é minimizar os impactos econômicos, sociais e ambientais para o estado causados pela Sigatoka-negra, que é a mais grave doença da bananeira e causadora de perdas de até 100% da produção. “A produção de banana tem importância socioeconômica significativa, com área total de 80 mil hectares [e] gera dois empregos por hectare na Bahia. O negócio da banana movimentou R$1,709 bilhão em 2014. Caso a Sigatoka-negra se dissemine por todo o estado, o impacto socioeconômico será incalculável para todos os elos da cadeia produtiva”, ressalta o secretário estadual de Agricultura, Vitor Bonfim.
O plano delimita os locais de ocorrência da praga restritos ao Recôncavo e Extremo Sul do estado; estabelece a implantação e manutenção do sistema de mitigação de risco (SMR), para viabilizar a comercialização dos produtos de áreas com ocorrência da praga; intensifica a fiscalização do trânsito entre as áreas de foco e as sem ocorrência e propõe campanhas educativas para a conscientização dos envolvidos no agronegócio da banana.
Nas regiões onde a doença foi identificada, os produtores comerciais já estão adotando as medidas de mitigação de riscos. A prioridade é estabelecer Áreas Livres da Sigatoka-negra no território baiano, pós-entrada da praga, delimitada à esquerda da BR-101, contemplando cerca de 70% do estado. A Adab busca esse status junto ao Ministério da Agricultura (Mapa), que permitirá aos produtores a comercialização das frutas produzidas nesta região.
Proteção
Os polos de produção classificados de alto risco para a ocorrência da praga, a exemplo do sudoeste baiano, terão destaque quanto às ações de vigilância, educação sanitária e adoção das medidas fitossanitárias para o controle. “O objetivo das ações de governo é proteger a agropecuária baiana, principalmente a fruticultura, evitando prejuízos para os pequenos, médios e grandes produtores de banana, bem como o agricultor familiar. Nosso trabalho é transparente e sempre em parceria com o Mapa e o setor produtivo”, explica o diretor-geral da Adab, Oziel Oliveira.
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Por Ascom/Adab