Ibicuí: Incêndio destruiu totalmente uma carpintaria ontem (14)

Um incêndio, no início da noite de ontem (14), destruiu completamente uma carpintaria na cidade de Ibicuí, situada na Rua 12 de dezembro no Centro da Cidade.
De acordo com informações, não houve vítimas e não se sabe ainda o valor do prejuízo e o que teria causado pelo incêndio.
Um caminhão pipa da Prefeitura de Iguaí, cidade distante 17 km de Ibicuí, foi acionado para tentar combater o incêndio. A população da cidade se uniu, em um ato de solidariedade, e com baldes de água e extintores conseguiu apagar as chamas, mas não a tempo de impedir a total destruição do local, onde funcionava uma carpintaria de um morador de Ibicuí conhecido como “Paulinho da Serraria”.
A Polícia Militar das três cidades vizinhas, Iguaí, Ibicui e Nova Canaã, também esteve presente dando apoio à contenção do incêndio.
Moradores ficaram assustados, devido à altura das chamas, temendo que o fogo se alastrasse para outros imóveis.
Em um relato emocionante, o ibicuiense Lúcio Galvão, de família tradicional no município, publicou em sua página, em uma rede social, um texto em que descreve o momento vivido pelos moradores de Ibicuí.
Confira o texto, abaixo:
A SITUAÇÃO É MUITO TRISTE, MAS O BONITO É A REAÇÃO.
Neste sábado, dia 14 de janeiro, por volta das 20 horas fomos surpreendidos com a notícia de uma casa pegando fogo na Rua 12 de dezembro. Saímos correndo todos de algum lugar, até chegar ao local e saber que era a casa de Paulinho da Serraria. Eu particularmente nessa hora, além do choque do incêndio, fui tomado por uma forte emoção. Porque aquela casa ora incendiada, foi a primeira casa que acolheu a Família Galvão aqui em Ibicuí.
Quem acompanha a internet tem conhecimento do Projeto “Tem que ser Ibicuí” e sabe do resgate histórico que pretendíamos fazer, mas por conta de problemas o projeto parou. Porém aquela casa fortemente me atraia, e eu queria de alguma forma ter contado aquela história, em um vídeo, em um texto… Queria ter feito isso antes da posse de Marcos Galvão como prefeito, porque tudo começou ali. A história da nossa família em Ibicuí começou exatamente naquela casa, exatamente como ela ainda era hoje.
Quando cheguei lá em frente nesta noite, fui tomado por uma forte emoção. Emoção que me faz, que nos faz solidários a Paulinho, Nêm e toda a família, representada na memória do seu Patriarca, saudoso Secundino Borges. Família esta que como a minha, começou e construiu sua vida nesse município, a partir daquela casa.
Enquanto estava lá, muitos me pediram que escrevesse um texto sobre o que aconteceu. E esse é dos textos que escrevo com lágrimas nos olhos e com uma sensação… De que não estou falando só por mim. Estranho, mas já senti isso em outros momentos (textos), ligados a situações assim.
Quando eu passava lá na frente nos últimos tempos, de uma forma espiritual eu sentia que aquela casa me chamava pra contar a história dela. Mas havia uma maior extensão naquele chamado, ela não chamava só a mim…
AQUELA CASA NOS CHAMAVA…
AQUELA CASA CHAMAVA TODOS NÓS IBICUIENSES…
Chamava e chamou-nos, para mostrar o nosso lado mais bonito. O lado da solidariedade, o lado do amor ao próximo.
Aquela casa, justamente a primeira casa que acolheu a Família Galvão ao chegar a esta terra, na primeira rua do Município de Ibicuí, NOS CHAMOU…
E todos foram, com seus baldes, suas mangueiras, seu extintores, seus braços, suas pernas, suas mãos… Enfim, sua solidariedade. E agora eu entendo claramente, que aquela casa chamou-nos a unirmos em prol de apagar o incêndio, em prol de sermos solidários a Paulinho e toda a sua família e toda aquela vizinhança… Mas acima de tudo, aquela casa nos chamou a sermos IBICUIENSES. A nos unirmos para construir uma IBICUÍ MELHOR!
Nada é por acaso e aquela casa nos trouxe a maior lição… Como num sacrifício ela nos mostrou no começo de um tempo, que é um tempo novo. Que não basta ser novo, precisa ser melhor.
Aquela casa nos chamou para juntos salvá-la e reconstruí-la.
Mas acima de tudo nos chamou para que juntos, reconstruamos uma IBICUÍ MELHOR!
Confira mais fotos:
Assista vídeo:
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Por José Carlos Assunção Novaes