Juiz Sergio Moro condenou o ex-Presidente brasileiro
Lula da Silva, ex-Presidente brasileiro, foi condenado, nesta quarta-feira (12), a nove anos e meio de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, pelo juiz Sergio Moro.
“Entre os crimes de corrupção e de lavagem, há concurso material, motivo pelo qual as penas somadas chegam a nove anos e seis meses de reclusão, que reputo definitivas para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, disse o juiz, de acordo com o Estadão.
É a primeira vez que um antigo Presidente brasileiro é condenado por corrupção. Notícia foi anunciada pela revista Veja. Leia a sentença aqui.
Lula da Silva é ainda arguido em várias ações que envolvem a operação Lava Jato. Num destes processos, o ex-Presidente é acusado de ter supostamente recebido vantagens indevidas da construtora OAS através da compra de um apartamento de luxo na cidade de Guarujá, no litoral.
Lula da Silva também é acusado de receber um terreno da construtora Odebrecht como forma de suborno para, em troca, favorecer os interesses da empresa perante o Governo brasileiro. Foi também dado como provado que Lula recebeu quase um milhão de euros do grupo OAS.
O ex-Presidente sempre negou todas as acusações contra si e declarou, em diversas oportunidades, que é vítima de perseguição de membros da operação Lava Jato e do aparelho judicial brasileiro.
Lula foi condenado mas não vai ser preso já
A decisão de Sergio Moro, juiz de primeira instância, não é suficiente para prender imediatamente o ex-Presidente brasileiro.
Lula da Silva, ex-Presidente do Brasil, foi condenado a nove anos e seis meses de prisão pelo juiz federal Sergio Moro. No entanto, esta decisão não enviará imediatamente Lula para a cadeia, porque Moro é um juiz de primeira instância e, de acordo com o Supremo Tribunal Federal, as penas dadas por elementos da justiça de primeiro grau só entram em vigor se confirmadas por uma entidade judicial superior.
Conforme explica a Veja, Lula da Silva será apenas preso caso seja condenado pela 8.ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região. Esta é composta pelos juízes desembargadores João Pedro Gebran, Leandro Paulsen e Victor Laus, responsáveis pela revisão das decisões de Sergio Moro.
(Foto: Reuters / Ueslei Marcelino)