Líder, Brasil encara duas seleções “Top 5” na reta final da Liga das Nações
Em Brasília, primeiro duelo será nesta sexta (28.06), contra a França, atual terceira colocada, às 20h. No domingo, adversária será a Itália, quinta. No ‘intervalo’, sábado, desafio é o Canadá
Ganhar dois sets em três jogos não parece tarefa das mais complexas para um time que venceu 11 das 12 partidas que disputou até agora na Liga das Nações de Vôlei Masculino. Líder isolada da competição, a Seleção Brasileira, contudo, prefere se cercar de cuidados para garantir que não haja tropeços nos três últimos compromissos da fase de classificação da competição que reúne as 16 melhores equipes do ranking da Federação Internacional.
Para o técnico Renan, a expressão “virtualmente classificada” traz um certo incômodo, principalmente porque pode se reverter em relaxamento. “O importante é esquecer o ‘virtual’ e buscar na prática a classificação. Para isso, vamos levar à quadra o que temos de melhor no momento. Caso a situação exija, vamos fazer as trocas que precisarem para a gente sempre ter o melhor do nosso voleibol dentro de quadra”, afirmou o treinador.
A primeira oportunidade de referendar matematicamente a classificação para a fase final da competição será nesta sexta-feira (28.06), a partir das 20h, diante da França, em Brasília. A equipe europeia soma nove vitórias e três derrotas e é a terceira colocada na tabela. Vem embalada após bater o Irã, até então o líder, por 3 a 0, na casa dos iranianos. Com dois títulos da antiga Liga Mundial em três anos (2015 e 2017), os franceses não terão na capital federal um dos principais protagonistas daquelas duas campanhas, o ponteiro Earvin Ngapeth. O Brasil, por sua vez, não terá o oposto Wallace, que ficou no Centro de Treinamento da Seleção, em Saquarema, fazendo um trabalho físico.
“O Wallace com certeza faz falta, mas é um bom momento para a gente testar outros garotos e outras opções táticas. E o Ngapeth é um dos principais jogadores do mundo, e com certeza faz falta na França. Mas, no caso deles, como no Brasil, a seleção é mais forte que as pessoas. Então, independentemente de quem esteja escalado, são seleções que sempre vão apresentar alta performance, por terem uma escola bem definida”, disse Renan.
Segundo o treinador, a opção por poupar o Wallace mira a fase final da competição, que será disputada em Chicago, de 10 a 14 de julho, com os cinco melhores mais os EUA, anfitriões, e principalmente o Pré-Olímpico, de 9 a 11 de agosto. Na seletiva para os Jogos de Tóquio, o Brasil vai enfrentar Bulgária, Egito e Porto Rico na casa dos búlgaros. As equipes jogam em turno único. Apenas o campeão garante uma das 12 vagas na chave olímpica de 2020.
“Temos um gráfico de performance e o Wallace foi o atleta que mais jogou conosco nessa Liga das Nações. No início a ideia era deixar ele de fora de uma ou outra etapa, mas como a gente estava numa transição, deixando de levar alguns jogadores experientes, foi necessário ele estar no grupo. Agora, podemos fazer um trabalho específico visando a parte física dele, para termos o melhor Wallace possível na reta final da Liga e no Pré-Olímpico”, explicou Renan.
Um dos medalhistas de ouro no time campeão olímpico nos Jogos Rio 2016, o ponteiro Douglas entende que o Brasil estará diante de uma pressão extra por jogar em casa e porque o time principal do país vem sendo usado na competição. “A Itália está com um time B, uma galera bem nova, bem diferente do time principal deles. A França também não está com o time principal. Então, para eles, é um jogo sem peso algum. Fica mais fácil de jogar. Nós estamos em casa e com o time principal. Então tem um pesinho a mais, mas o jogo é jogado e a gente está confiante. Temos feito um campeonato muito consistente”, disse.
Para ele, o fato de as duas últimas etapas da competição serem em território nacional amenizou um pouco do desgaste natural que a Liga das Nações demanda, já que são cinco semanas de viagens por três continentes, lidando com diferentes fusos e atuando três vezes por semana em cada sede. “A gente chega cansado, mas é o nosso trabalho. Não tem o que fazer. A gente sabe que a Liga das Nações é desgastante. Este ano tivemos a sorte de ter duas etapas em casa, que para a gente é maravilhoso. Temos feito uma preparação física muito boa para chegar bem”, opinou. Na semana passada, a seleção venceu os três jogos disputados em Cuiabá, contra Bulgária, Alemanha e Rússia. Depois de enfrentar a França, na sexta, o Brasil encara o Canadá, no sábado, e a Itália, no domingo.
RESULTADOS E PROGRAMAÇÃO
Katowice (Polônia)
- 31.05 – Brasil 3 x 0 Estados Unidos (25/22, 25/22 e 25/23)
- 01.06 – Brasil 3 x 2 Austrália (32/34, 25/16, 25/19, 27/29 e 15/13)
- 02.06 – Brasil 3 x 1 Polônia (22/25, 25/15, 25/21 e 25/17)
Tóquio (Japão)
- 07.06 – Brasil 3 x 2 Irã (23/25, 25/16, 21/25, 33/31 e 15/10)
- 08.06 – Brasil 3 x 0 Japão (25/22, 25/19 e 25/21)
- 09.06 – Brasil 3 x 2 Argentina (25/20, 21/25, 26/28, 25/23 e 15/12)
Gondomar (Portugal)
- 14.06 – Brasil 2 x 3 Sérvia (25/17, 22/25, 25/17, 20/25 e 12/15)
- 15.06 – Brasil 3 x 0 China (25/15, 25/18 e 25/22)
- 16.06 – Brasil 3 x 0 Portugal (25/19, 25/21 e 25/18)
Cuiabá (MT)
- 21.06 – Brasil 3 x 1 Bulgária (25/20, 21/25, 25/19 e 25/14)
- 22.06 – Brasil 3 x 2 Alemanha (20/25, 25/18, 21/25, 25/17 e 15/13)
- 23.06 – Brasil 3 x 0 Rússia (25/17, 25/21 e 28/26)
Brasília (DF)
- 28.06 – Brasil x França, a partir das 20h (de Brasília)
- 29.06 – Brasil x Canadá, a partir das 20h (de Brasília)
- 30.06 – Brasil x Itália, a partir das 19h (de Brasília)
Por Rede do Esporte