Jovens Isaac Souza e Kawan Figueiredo conquistam o bronze nos saltos ornamentais
É a primeira vez que uma dupla masculina chega ao pódio no Pan. Jovens já tinham sido finalistas no Mundial e treinam em estruturas que são legado dos Jogos Rio 2016
A nova geração dos saltos ornamentais do Brasil mostrou valor na sexta-feira, 2.08, nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Isaac Souza, 20 anos, e Kawan, 17, terminaram a prova de plataforma sincronizada de dez metros na terceira colocação, uma inédita medalha de bronze para o país. Foi a primeira vez que uma dupla nacional ficou entre as três melhores no Pan em todos os tempos. Ao fim de seis saltos, os brasileiros somaram 375,81 pontos. O ouro ficou com o México (431,10) e a prata foi do Canadá (396,12).
Os atletas treinam separadamente e disputam apenas a quarta competição juntos. Isaac mora no Rio de Janeiro e treina no Instituto Pró-Brasil, no Parque Aquático Maria Lenk. Kawan treina no Centro de Excelência da Universidade de Brasília (UnB). A dupla já havia alcançado um feito inédito no Mundial de Esportes Aquáticos, na Coreia, há dez dias, ao chegarem numa final pela primeira vez e terminarem em 12º.
“Fizemos uma boa prova e estamos muito felizes. No decorrer da competição a gente foi subindo e sabíamos que tínhamos uma série forte para brigar por uma medalha”, afirmou Isaac. É a primeira medalha masculina na prova sincronizada. Algo que as mulheres já haviam conseguido. No Pan de Toronto, em 2015, o Brasil conseguiu a prata na plataforma sincronizada feminina de 10m com Ingrid Oliveira e Giovanna Pedroso.
Triplo investimento federal
A medalha de Isaac e Kawan tem pelo menos três pontos de intersecção com investimentos do governo federal na modalidade. Primeiro, pelo Bolsa Atleta. Os dois são integrantes do programa da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania na categoria Internacional.
Além disso, as duas estruturas em que os atletas treinam são contempladas com aportes federais. O Instituto Pró-Brasil, no Rio de Janeiro, assinou um Termo de Fomento com a Secretaria Especial do Esporte no valor de R$ 895 mil, destinado a três frentes: contratação de recursos humanos (técnicos, coordenador técnico, psicólogo e monitores), aquisição de uniformes para a equipe técnica e atletas e pagamento de diárias e passagens para avaliação do projeto por parte dos gestores do Instituto Pró Brasil no Maria Lenk.
Já o Centro de Excelência da UnB é um dos principais legados de infraestrutura esportiva para os esportes aquáticos dos Jogos Rio 2016. Inaugurado em março de 2014, é considerado uma das melhores instalações da América do Sul para aperfeiçoamento técnico e prática da modalidade. O centro recebeu R$ 1,9 milhão em investimentos federais. Os recursos foram usados em compra de equipamentos, manutenção e contratação de profissionais para a equipe multidisciplinar. Em outra frente, o Centro de Excelência tem atualmente em execução um convênio, no valor de R$ 4,9 milhões, para garantir o funcionamento da estrutura e a manutenção do Núcleo Esportivo de Base.
Por Rede do Esporte