Brasil terá Darlan Romani no sétimo dia do Mundial de Doha
Catarinense vem de evolução e fez temporada regular em alto nível no arremesso do peso
Darlan Romani, que recebe o benefício do programa Bolsa Pódio, não gosta de falar de marcas e no que poderá fazer em competições. É comedido nas opiniões e avesso a prognósticos. Entretanto, o brasileiro, que disputa a fase de classificação do arremesso do peso nesta quinta-feira (03.10), sétimo dia de disputas no Campeonato Mundial de Doha, Catar, vem de uma temporada regular em 2019.
Darlan chegou a Doha no dia 28 de setembro. Estava na Europa onde competiu na última etapa da Liga Diamante, em Bruxelas (BEL), no último dia 5. Depois seguiu para León, Espanha, para a última fase de preparação, juntamente com o seu treinador há nove anos, o cubano Justo Navarro.
O catarinense terminou 2018 em quinto lugar no Ranking Mundial, ao lançar 22m, entrando de vez no grupo dos maiores arremessadores da história. Ele também venceu a Copa Intercontinental da IAAF, disputada em Ostrava, na República Tcheca, quando integrou a equipe das Américas.
Para Sara Romani, mulher de Darlan, que está em Bragança Paulista, o atleta evita comentar sobre os seus resultados em casa para ele ficar focado para disputar o mundial deste ano. “Combinamos de não falar em competição. Ele sempre fala de forma direta: treinei, está tudo bem, falamos da Alice (filha do casal, de 4 anos) e da família. Ele desinstalou o Facebook e o Instagram do celular e está muito focado”, revelou.
Em 2019, Darlan Romani, que mora em Bragança Paulista e treina no Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo (CNDA) da CBAt, vive uma temporada estável. Tem como melhor marca o arremesso de 22,61 m, obtido em 30 de junho quando venceu o Prefontaine Classic, etapa de Stanford da Liga Diamante (marca que lhe garante o segundo lugar no Ranking Mundial da IAAF da temporada). A marca superou o índice olímpico para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
O brasileiro voltou a arremessar acima dos 22 metros durante o Mityng ny Rynku Kosciuski, Białystok, na Polônia. Fez 22,02 em 7 de julho. E no Pan-Americano de Lima (PER) fez 22,07 m no dia 7 de agosto, levou o ouro com recorde pan-americano, vencendo também uma febre alta da véspera.
Na Liga Diamante ficou com a medalha de bronze na etapa de abertura, justamente em Doha (21,60 m), em 3 de maio, no mesmo Estádio Internacional Khalifa, onde está sendo realizado o Mundial. Depois levou mais dois bronzes, em Roma (21,68 m), em 6 de junho, e em Paris (21,56 m), em 24 de agosto.
Fernanda na final do disco
No lançamento do disco, a brasileira Fernanda Borges se qualificou para a final deste sexto dia de provas (2), com a marca de 62,33 m (10º lugar no geral). A melhor na classificação foi a cubana Yaimé Pérez, com 67,78 m. A gaúcha de Santa Cruz do Sul, que treina com João Paulo Alves da Cunha, tem como melhor marca pessoal 64,66m.
“Estou me sentindo bem, feliz. Sabíamos que teria que lançar 62 metros para ir à final, mas ainda errei um pouco a técnica – o disco saiu muito baixo – e dá para melhorar. Na qualificação existe uma grande tensão porque são apenas três lançamentos e queimei o segundo. A final é uma nova competição e vou brigar para ficar entre as oito melhores. Acho que dá para melhorar a minha marca”, afirmou Fernanda, que disputa a primeira final em seu quarto Mundial Adulto.
Já Geisa Arcanjo não avançou para decisão do arremesso do peso. “Infelizmente, eu me mato de treinar, mas não é para isso. Foi performance mesmo, hoje não foi meu dia. Eu tive um ano irregular, depois consegui me reerguer um pouco, mas esse resultado não reflete a minha dedicação”, disse Geisa, sexta colocada na Olimpíada de Londres 2012 (com 19,02 m, sua melhor marca) e nona no Rio 2016.
Por Confederação Brasileira de Atletismo