De novo a Argentina. Brasil revê algoz nas oitavas no Mundial de basquete

Um adversário velho conhecido do Brasil virá pela frente nas oitavas de final do Mundial masculino de basquete da Espanha. A Argentina foi derrotada pela Grécia nesta quinta-feira e acabou como a terceira colocada do grupo B, desta forma cruzando mais uma vez o caminho da seleção de Rubén Magnano em uma grande competição.
Os brasileiros vêm de duas derrotas em confrontos eliminatórios contra a Argentina, no Mundial de 2010, na Turquia, e nos Jogos Olímpicos de 2012 em Londres. Agora, depois de conquistar a segunda colocação do grupo A na primeira fase, a seleção tem o reencontro com os vizinhos de continente marcado para domingo, às 17h (de Brasília), em Madri.
A Argentina ficaria com a primeira colocação de sua chave caso derrotasse os gregos. No entanto, o revés de 79 a 71 fez os campeões olímpicos de 2004 acabarem em 3º lugar, perdendo no desempate com a Croácia graças à derrota em confronto direto.
Desta forma, toda a memória de embates recentes virá à tona até o confronto de domingo. Magnano, técnico que levou a Argentina ao ouro olímpico em 2004, agora tem a missão de oferecer ao Brasil uma grande vitória sobre os vizinhos sul-americanos.
Em 2010 na Turquia, já nas mãos de Magnano, o Brasil caiu justamente nas oitavas de final diante da Argentina. Apesar da grande atuação de Marcelinho Huertas, com 32 pontos, a seleção acabou derrotada em um confronto dramático, pelo placar de 93 a 89.
Luis Scola foi o grande destaque daquela partida de Istambul, comandando a vitória de sua seleção com 37 pontos e nove rebotes. Magnano escalou de início Giovannoni ao lado de Anderson Varejão no garrafão, mas a estratégia de defesa não conteve o ala-pivô argentino.
Dois anos mais tarde, mais uma derrota por placar apertado, por 82 a 77, em confronto válido pelas quartas de final da Olimpíada de Londres. Huertas voltou a brilhar, com 22 pontos – cestinha ao lado de Leandrinho.
O Brasil chegou a liderar o placar em alguns momentos, mas Scola deu as cartas de novo nos instantes mais importantes. A Argentina também contou com uma atuação cerebral de Manu Ginóbili para ir a uma semifinal olímpica pela terceira vez seguida.
Com algumas mudanças, a Argentina é basicamente a mesma geração que vem conquistando posições de destaque em campeonatos de primeira linha desde 2002, com nomes como Nocioni, Herrmann e Prigioni. No entanto, desta vez Ginóbili desfalca a equipe.
São essas lições que a experiente geração de Huertas, Nenê e Varejão levará para a quadra de Madri no domingo. Nesta quinta-feira, a seleção encerrou sua participação na fase de grupos do Mundial com uma vitória expressiva sobre o Egito por 128 a 65, em Granada.
Assim, os brasileiros fecharam a fase de grupos com seu melhor desempenho desde o Mundial de 2002. Os comandados de Magnano romperam a casa de 100 pontos pela primeira vez no torneio e comemoraram a quarta vitória – antes já haviam batido França, Irã e Sérvia. A única derrota aconteceu no confronto com a anfitriã Espanha.
Jogador da seleção argentina, Andrés Nocioni ressaltou a força do Brasil. “Esse Brasil é o melhor Brasil em muitos anos. Nós vamos lutar, mas o Brasil tem vantagens. Contam com um grande jogo, assim será um jogo muito difícil”, disse em entrevista aoLa Nacion.
ESPANHA SÓ NA SEMIFINAL
Nesta configuração de chave da fase eliminatória, o Brasil só cruzaria de novo com a Espanha, uma das favoritas ao título, em uma eventual semifinal. Já os Estados Unidos estão do outro lado da tabela. Durante a primeira fase a seleção de Magnano foi batida pelos espanhóis por 82 a 63.
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Por UOL