Há 20 anos, morria Tom Jobim, compositor que colocou o Brasil no mapa da música mundial

Um dos criadores da bossa nova, maestro carioca fez a ponte entre o erudito e o popular em canções celebradas por intérpretes de diferentes idiomas e gêneros, de João Gilberto a Frank Sinatra, de Judy Garland a Iggy Pop.
O coração de Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim parou de bater em Nova York no dia 8 de dezembro de 1994. Aos 67 anos, o compositor que tinha o Brasil entranhado no nome e na inspiração andava meio desgostoso com o país por ele exaltado em algumas das mais belas canções do século 20.
A violência e a falta de gentileza fazendo sombra no seu Rio de Janeiro solar eram algumas das razões do desconforto de Tom Jobim. Aos que lhe criticavam por ser um cidadão internacional, dizia: “Brasileiro tem ódio de quem faz sucesso”. Mas, não fosse a viagem aos Estados Unidos para tratamento médico, o maestro estaria em seu lugar favorito, dedilhando o piano de casa, cercado pelo silêncio da floresta da Tijuca. Porque, ao mais universal dos artistas brasileiros, a crise na apaixonada relação nunca foi razão para rompimento.
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Por Zero Hora