Passagem da chama olímpica mobiliza Vitória da Conquista

Vitória da Conquista, 20 de maio de 2016. Décimo oitavo dia de excursão da chama olímpica pelo Brasil. Depois de se revezar pelas mãos de 62 condutores, ao longo de um percurso de 13,7 quilômetros pelas ruas da cidade, a tocha chegou ao Centro Glauber Rocha – Educação e Cultura, onde, finalmente, foi acesa a pira olímpica local.
Até o dia 5 de agosto, quando será utilizada para acender a chama olímpica durante a abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, a tocha terá sido conduzida por 12 mil brasileiros de 329 municípios – 26 somente na Bahia. Um trajeto de 36 mil quilômetros!
Com pequenas variações locais, o ritual é idêntico em todas as cidades por onde o símbolo passou e passará, seja Atenas ou qualquer outra cidade brasileira. No entanto, o capítulo conquistense da peregrinação olímpica teve suas histórias próprias – muitas delas presenciadas por quem foi à rua para acompanhar o revezamento, outras por quem esteve apenas no Centro Glauber Rocha para presenciar a cerimônia.
‘Divertido, interessante, alegre’ – Antes mesmo do início da cerimônia, quem estava no Centro Glauber Rocha acompanhou o festival de artes marciais, com apresentação de atletas profissionais e ainda iniciantes. O dia certamente será lembrado pela jovem Ivana Lícia Oliveira, 12 anos, que pratica karatê há apenas dois meses na escolinha mantida pela Prefeitura no Estádio Municipal Edvaldo Flores.
Atualmente portadora da faixa branca, reservada aos novatos da modalidade, seu objetivo agora é garantir a próxima, amarela. No tatame, ela se apresenta com desenvoltura bem maior que a mostrada na entrevista, quando disse o que sentia por participar de um dia tão grandioso para o esporte mundial: “Acho divertido, interessante e alegre”.
‘Chance única’ – O aposentado José Carlos Silva, 60, foi acompanhar a cerimônia a pedido do filho Felipe, 18. Mas não foi preciso nenhum esforço do garoto para convencê-lo. “É uma experiência única. Provavelmente, não verei mais isso. Temos que aproveitar ao máximo para prestigiar”, observou Silva.
Além do óbvio interesse por participar de um evento de dimensões mundiais, Felipe disse que, para que ele se interessasse, também contribuiu o fato dele mesmo ser um atleta. Felipe pratica kung fu, modalidade na qual é faixa amarela. “É uma chance única. Eu queria ver, porque gosto muito de praticar esportes”, disse.
O local escolhido para a cerimônia também agradou pai e filho, visto que a acessibilidade oferecida pelo Centro Glauber Rocha favorece Felipe em sua condição de cadeirante. “Toda vez que eu venho aqui, não tenho problema nenhum”, garantiu o jovem atleta. Seu pai o ratificou: “Em acessibilidade, este espaço está aprovado”.
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Por PMVC