Poetas relembram a morte de Castro Alves em uma manhã de muita poesia

Poetas, atores, estudantes e moradores do Bairro Dois de Julho, em Salvador, relembraram a morte de Castro Alves, hoje (06), no Colégio Ypiranga, saindo, logo a seguir, em cortejo pelas ruas até o Largo Dois de Julho, onde aconteceu a “ressurreição” do poeta baiano, com muita poesia.
A Morte e ressurreição de Castro Alves” é uma intervenção poética teatral, interativa, comunitária e cidadã, realizada pelo Coletivo Poesia Além das Sete Praças (CPA7P) e O Colégio Estadual Ypiranga (CEY) desde 2013, juntos com outros poetas, bibliotecas comunitárias, coletivos culturais, moradores e transeuntes que habitam o Bairro Dois de Julho. O evento tem como princípios fundamentais o incentivo à leitura, preservação da memória, estímulo ao conhecimento e vivência da literatura e a defesa da educação pública gratuita e de qualidade.
O mote e motim deste espetáculo é respaldado em razão do falecimento do poeta Antônio Frederico de Castro Alves em 06 de julho de 1871, no espaço da sua última morada e que hoje abriga a instituição de ensino, Colégio Ypiranga, e porque o vate em vida sempre se indignou, lutou e poetizou contra a escravidão, almejando, também a edificação da transparência participativa da república brasileira, ainda hoje tão vilipendiada.
Castro Alves (1847-1871) foi o último grande poeta da terceira geração romântica no Brasil. “O Poeta dos Escravos”. Expressou em suas poesias a indignação aos graves problemas sociais de seu tempo. Denunciou a crueldade da escravidão e clamou pela liberdade, dando ao romantismo um sentido social e revolucionário que o aproxima do realismo.
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Da Redação / Iguaí Mix