Suspeito de se passar por policial federal, assaltar e estuprar mulheres, ex-vereador de Jussiape Adson Muniz é preso em SP

O ex-vereador de Jussiape, Adson Muniz, 34, foi preso nesta quarta-feira (11), acusado de ter estuprado pelo menos três mulheres após se passar por policial federal em áreas nobres da cidade de São Paulo.
A polícia atualizou a imprensa e disse que Adson Muniz pôde ter estuprado até cinco mulheres na capital paulista.
Adson Muniz foi levado na tarde desta quarta-feira para a Delegacia da Mulher, na região Central de São Paulo.
A polícia registrou pelo menos uma queixa oficial contra o ex-vereador. Na última sexta-feira (6), Muniz é suspeito de ter assaltado e estuprado uma mulher após se passar por policial federal para abordá-la nos Jardins, na zona oeste de São Paulo.
Por volta das 19h30, a vítima, de 48 anos, cruzava a rua Augusta após sair do estacionamento da Casa Santa Luzia, empório de luxo tradicional do bairro, quando o ex-vereador fez a abordagem apresentando um distintivo falso da Polícia Federal.
Armado, o ex-vereador mandou a mulher abaixar os vidros e mostrar os documentos. Após acusá-la de quase atropelá-lo, ele percebeu as portas destrancadas e entrou no veículo.
A mulher ficou cerca de três horas em poder do bandido, que a obrigou a sacar R$ 1 mil de um caixa eletrônico na rua São Caetano, no centro de São Paulo.
O criminoso obrigou a vítima tirar seu sutiã e a fazer sexo oral nele, segundo registro do boletim de ocorrência.
Ele também chegou a se masturbar e a ejacular no carro, segundo Marco Antonio de Paula Santos, delegado seccional do centro.
A vítima conseguiu fugir do carro quando passava por um semáforo vermelho da avenida Francisco Matarazzo (zona oeste) e seguiu em direção a um bar.
O caso mobilizou reações em redes sociais e em grupos de WhatsApp. Fotos do ex-vereador de Jussiape ao lado de um carro falando ao celular foram compartilhadas.
Imagens do momento em que a mulher foi abordada também foram amplamente divulgadas nas redes sociais.
INVESTIGAÇÃO
A conduta, segundo a polícia, será enquadrada como estupro – uma lei de 2009 ampliou a classificação desse crime, que até então abrangia essencialmente os casos com conjunção carnal.
Adson também será indiciado por estelionato e falsidade ideológica.
O delegado não descarta a possibilidade de haver outras vítimas.
A vítima preferiu não dar entrevista – foi orientada pelo advogado a não falar para não atrapalhar as investigações.
A Casa Santa Luzia disse que disponibilizou as gravações de câmeras de segurança para a polícia e que está auxiliando nas investigações.
O delegado Santos disse ser “preciso cautela” com essas divulgações. “Ainda não temos certeza de que se trata do assaltante”, disse.