“Quero que ele seja melhor do que eu”, diz pai que deu cozinha de brinquedo para o filho de 2 anos
Na infância, aprendemos que existe brinquedo de menino e de menina. Por exemplo, os meninos não podem brincar de boneca, assim como as meninas não podem brincar de carrinho.
É como se o tipo de brinquedo determinasse a sexualidade da criança. Por isso é muito comum ver pais reprimindo a vontade das filhas de jogarem futebol com os meninos, com medo delas se tornarem mulheres masculinizadas, ou do filho ficar afeminado se ele brincar com meninas.
Mas, alguns pais estão fazendo diferente. É o caso do professor Arthur William, que postou uma foto no Facebook no dia 27 de fevereiro do filho Ernesto, de 2 anos, com o seu mais novo brinquedo: uma cozinha rosa.
“Compramos uma cozinha de brinquedo para que nosso filho aprenda desde cedo que não tem essa de “coisa de menina”. Cores, tarefas e locais não determinam sexualidade de ninguém”, escreveu o professor na postagem, que já tem mais de 20 mil curtidas e 3 mil compartilhamentos.
“As crianças devem crescer seguras de si. A privação de determinado brinquedo é um preconceito gigante que só traz infelicidade à criança. Não existe brinquedo de menino e de menina. Os brinquedos ajudam na formação dos adultos e por isso é importante entender que cozinhar é uma tarefa comum a qualquer pessoa, seja homem ou mulher”, disse Arthur em entrevista para o site O Globo.
“Hoje sou um adulto que ainda tem dificuldade de dividir as tarefas domésticas com minha esposa, como limpar a casa e preparar a comida. Quero que meu filho seja melhor do que eu, por isso invisto em sua Educação”, finalizou.
Por Daniel Fróes/Razões para acreditar