Por Lilian Pinto / Fotos: Laécio Lacerda
Mistura de estilos musicais encantou o público que curtiu a última noite do maior evento musical do interior do Nordeste .
A última noite do Festival de Inverno Bahia reuniu todas as tribos musicais e já deixa muitas saudades. MPB, pop-rock e axé dividiram a atenção e o carinho do público do maior festival musical do interior do Nordeste. O primeiro a subir no palco foi o pernambucano Lenine, que embalou a noite com as músicas do seu último álbum, Labiata, além de outros sucessos de sua carreira. “A filha mais nova a gente tem que dar sempre um empurrãozinho e dizer vai menina”, brincou Lenine.
Em setembro, o pernambucano lançará o álbum Lenine.Doc/Trilhas com 12 composições que foram feitas especialmente para trilhas de cinema, espetáculo de dança, novela, seriados e especiais de TV e que nunca fizeram parte dos seus discos. “Ao longo dos anos eu fui produzindo muito e coincide também com Passione. Numa primeira seleção eu percebi que havia muito material”, contou Lenine. “50% do que eu produzo não é para mim”, completou. Sobre um álbum de canções inéditas, Lenine confessou que será lançado somente após o carnaval. Questionado sobre seu processo de criação, ele revelou que é bastante atento e autofágico. “A música também me serve para apaziguar o conflito interno. Sou movido a paixão”, afirmou.
Sobre a nova geração de artistas nordestinos que estão despontando na cena musical, Lenine afirmou que tem muita coisa boa e que seria injustiça citar alguns. Ele criticou a dificuldade que os grupos e artistas têm em divulgar os seus trabalhos, assim como a distribuição desigual dos diretos autorais, no qual o artista fica com uma parcela mínima. “A mídia deveria divulgar a cultura de forma local. O Rio de Janeiro divulga o que é do Rio, São Paulo o que é de São Paulo e a Bahia da mesma forma”, afirmou. “Atualmente 80% do que eu ouço não vem dos meios tradicionais.
No repertório do show, além das canções do Labiata, o público reviveu alguns dos grandes sucessos da carreira do artista, como “A Rede”, “Jack Sou Brasileiro”, “Hoje eu Quero Sair Só” e “Paciência”. O pernambucano fechou o show com uma versão da música “Me Deixa”, do Rappa.
Em seguida, quem subiu no palco foi o Charlie Brown Jr., liderado pelo irreverente Chorão, que causou alvoroço entre os fãs. A banda apresentou o show da sua turnê “Camisa 10 Joga Bola Até na Chuva”, mas sem esquecer dos grandes hits do grupo. Destaque para “Zóio de Lula”, “Só Por Uma Noite”, “Papo Reto” e uma releitura de “Three Little Birds”, do rei Bob Marley.
O axé-pop do grupo Jammil e Uma Noites, comandado por Tuca Fernandes, encerrou a sexta edição do Festival de Inverno Bahia. Apesar do frio, o calor do show esquentou o público ao som dos grandes sucessos “Sou Praieiro”, “É Verão” e “Milla”. A veia pop da banda se mostrou presente com as releituras das canções “Lanterna dos Afogados”, do Paralamas do Sucesso e “País e Filhos”, do Legião Urbana.
Oriundo de Ilhéus, o engenheiro civil Antônio Marcos Rosseto conta que ele já tem destino certo no próximo inverno. “Vim pela primeira vez ao Festival de Inverno Bahia e ele não deve nada aos principais Festivais do País. Minha sugestão é que no próximo ano ele se estenda por mais dias”, afirmou.
A sexta edição do Festival de Inverno Bahia contou com o apoio da Nova Schin, cerveja oficial da festa.
Tenda Alternativa Chiclets/Cabral&Souza
Álisson Menezes & a Catrupia e a sua música folclórica e o pop-rock de Kessler & Banda agitaram a última noite na Tenda Alternativa. O encerramento do espaço ficou por conta das batidas eletrizantes do DJ Robertinho
Barracão Universitário Bradesco
Para esquentar a última noite, os grupos Fundo de Busão e Fulor de Cangaço fizeram um verdadeiro arrastapé no espaço. A programação do Barracão foi encerrada pelo reggae da banda Antonio Brother.
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Carla Fonseca
Comtexto Comunicação
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