A banalização da política e mercantilização do voto em Iguaí
16 de Julho de 2012, às 11:00
Por José Ronaldo S. Santos
O debate em torno da questão política eleitoral atual vem movendo os quatro cantos do país, em uma briga desenfreada dos partidos políticos e coligações na disputa para ver quem elege o maior número de vereadores e prefeitos. Estamos em uma fase onde a falta de projetos políticos, que de fato interessem a população, são cada vez mais escassos e frágeis.
Em Iguaí, esta marca perversa da política sem princípios e baseada na mutreta e na compra desacerbada do voto e das consciências do eleitorado, são muito evidentes. Vivenciamos em nossa cidade uma verdadeira disputa do QUEM DÁ MAIS para a obtenção dos apoios e das “lideranças políticas” que descaradamente vendem o destino do município a troco de migalhas e pequenas quantias em dinheiro.
Sem dúvida é um momento que nos remete a muita reflexão: precisamos ver nos candidatos a prefeito, principalmente, qual é o seu projeto político e não a quantidade de dinheiro que eles vão gastar na compra de votos. IGUAÍ precisa de homens políticos sérios e que entendam a coisa pública como um compromisso ético e moral.
É hora de por na mesa as propostas políticas e fazermos escolhas daquelas que melhor representa a sociedade carente de IGUAÍ. Um município cheio de contradições, onde de um lado temos uma burguesia agrária cheia da grana e pronta para continuar dominando o município e de outro temos o grande contingente da população, mais de 80% que depende da bolsa família, ou são assalariados, agricultores, sem terras que estão a mercê de tudo isso. Eu prefiro acreditar sempre na força do povo e que sempre é possível fazer mudança.
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