O que fazer com prefeitos, em todo o Brasil, que perderam as eleições ou não tiveram seus candidatos eleitos e depois “sumiram do mapa”? Uma calamidade se alastra por todo o país e um grande descaso pode ser percebido em todos os municípios em que os funcionários ficaram sem receber os seus salários.
A justiça deveria ser mais rigorosa, pois não pune como deve esses bandidos que roubam o dinheiro público, não prestam contas e ficam por aí “curtindo com a cara” do funcionário público. Os processos se alastram, em todo o país, de outras gestões anteriores que também cometeram o mesmo crime, mas que, até hoje, em sua maioria, não foram punidos os responsáveis.
Em Iguaí, por exemplo, isso aconteceu em 1996, em 2000 e agora em 2012. E o que aconteceu com o funcionário público? Não recebeu os seus salários e nem o 13º e nem 1/3 de férias até hoje. E o que aconteceu com os gestores que não cumpriram com suas obrigações e nem deram satisfação de onde foi parar esse dinheiro? Estão aí, como se nada tivesse acontecido.
Esses são os homens que se dizem representantes do povo e querem ser respeitados pela sociedade? Essas criaturas execráveis deveriam ser banidas totalmente do meio social em que convivem e também pagar pelo prejuízo que causaram ao patrimônio público, além dos danos morais que causaram à população do município.
Quando um funcionário, que cumpre com suas obrigações, falta ao trabalho o seu salário é cortado de imediato. No entanto, quando esses indivíduos deixam de pagar os salários aos cidadãos de bem, que trabalham e têm família para sustentar, nada é feito e, para terem o que é de direito devolvido para onde nunca deveria ter saído, é preciso penar esperando uma justiça que, a meu ver, não é cega, mas sim surda e muda.
É preciso lutar para a criação de uma lei federal que possa punir mais rigorosamente esses irresponsáveis, que pensam que estão acima de tudo e de todos. Após as eleições, no dia seguinte, o dinheiro público deveria ser bloqueado, ficar à disposição para que se efetuassem os pagamentos daqueles que trabalharam e que não podem ficar à mercê de um mau caráter, que pensa ser o dono do erário público.
Caso seja necessário, que haja um bloqueio dos bens dele e de seus familiares, de todos aqueles que usufruíram dessa “farra” com o dinheiro que é do povo e que deve ser aplicado só e unicamente em benefício daqueles que realmente são os seus verdadeiros donos: o cidadão. Até quando o país vai permitir que essa falta de respeito e esse descaso, por que não dizer crime, continue a acontecer sem nenhuma punição.
Enquanto não forem punidos aqueles que deixam o funcionário público sem salário, com fome e ainda pior, se sentindo impotente, pois nada é feito para que ele possa ter os seus direitos respeitados, jamais teremos um país sério e jamais o dinheiro público será administrado com seriedade. O funcionário público não está pedindo esmola a ninguém, mas apenas querendo o que é seu e foi desviado dos cofres públicos. Os prefeitos que não cumpriram com suas obrigações têm que ser punidos e a prefeitura, que é o órgão empregador, deve pagar os salários daqueles que trabalharam. Quanto aos culpados pela falta de respeito ao município, devem ser punidos e que se faça a justiça, então.
Por José Carlos Assunção Novaes*
*Mestre em Letras pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Especialista em Língua Portuguesa
Especialista em Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual
Pós-graduando (MBA) em Jornalismo e Assessoria de Imprensa
Funcionário público (professor) municipal e estadual
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