O bairro tipicamente boêmio de Salvador, o Rio Vermelho, deu espaço a muita religiosidade desde a manhã deste domingo, 2.
As homenagens são para o orixá africano, Iemanjá, mas reúnem diversas religiões em um belo cortejo para celebrar o dia da rainha do mar.
Durante o percusso, candomblecistas, espíritas, católicos, umbandistas carregaram flores, presentes e muita emoção para a homenageada do dia.
Entre os fiéis estava a umbandista Mãe Lurdes de Iemanjá, que chegou de Castro Alves (a 190 km de Salvador) antes do dia clarear na praia da Paciência, onde começou a celebração. “Não poderia deixar de reverenciar a minha mãe. Trouxe um barco de Marujo e três balaios, dois para Iemanjá e um para Ogum”, disse.
Além de umbandista, a espírita Jailda Amorim, 64, também levou flores e pedidos dos seguidores do Centro Espírita Senhor do Bonfim, em Feira de Santana (a 108 km da Capital). “Pedimos paz, luz e prosperidade”, comentou.
A missionária da Escola de Missão da congregação Batista, Ludmila Costa, 30, não participou da homenagem, mas montou um estande em apoio aos fiéis e deu dicas de saúde durante o festejo. “Aqui medimos a pressão, damos dicas de saúde e distribuímos água e frutas. Somos evangélicos, mas contrários à intolerância religiosa”, disse.
A festa também contou com a presença de muitos turistas brasileiros e estrangeiros – como foi o caso do alemão Daniel Hinz, 47, que veio à Salvador para fotografar a homenagem. “Eu adoro visitar os festejos do país. Essa mistura de cultura é única e envolvente”, esclareceu.
Da Redação/A Tarde
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