Com custo de R$ 100 milhões, Assembleia tem 15,5% menos sessões em 2014
Do começo do ano legislativo, em fevereiro, até a semana passada, a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) realizou 98 sessões ordinárias. No mesmo período do ano passado houve 116 sessões, o que representa redução de 15,5% nos trabalhos da Casa.
Mesmo tendo participado de menos reuniões, os 63 deputados custarão aos cofres públicos um pouco mais de R$ 100 milhões. Segundo levantamento do A Tarde, dos 281 projetos apresentados ao longo de 2014, 61 foram aprovados, entre os quais estão 10 projetos de reajustes salariais ou reestruturações administrativas e quatro autorizações para o governo fazer empréstimos.
A baixa produtividade pode estar associada ao período eleitoral, quando as sessões foram esvaziadas por causa da disputa de votos no interior. De acordo com o líder do governo na AL-BA, Zé Neto (PT), a baixa presença de deputados durante o período é uma “situação da democracia”, além de acontecer em “todos os parlamentos do mundo”. “A sociedade também exige que o representante esteja na comunidade dizendo o que fez e o que vai fazer. Por ser líder, eu passei um mês e meio indo à Assembleia discutir com a Polícia Militar a Lei de Organização Básica (LOB).
Vou exigir que casa deputado faça o mesmo? Não tem como”, afirmou. A situação foi confirmada pelo vice-líder da oposição, o deputado Carlos Gaban (DEM), que não tentou a reeleição e chegou a discursar para um plenário completamente vazio dois dias após o retorno do recesso parlamentar do meio do ano. “Ano eleitoral é complicado: os que estão concorrendo não têm outra opção que não seja dar atenção ao interior.
Isso fez com que o desempenho neste segundo semestre fosse praticamente zero. Vamos começar a trabalhar agora”, avaliou.
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Por Bahia Notícias