Gringos no ataque do Corinthians vão de herói peruano a decepção sul-africana
Com o aval de Zico, colombiano Stiven Mendoza chega para aumentar lista de apostas do clube em estrangeiros para o setor
Uma das novidades do Corinthians para 2015 chegou com o aval de Zico. “Ele fazia um inferno nas defesas adversárias”, disse o ídolo flamenguista, que hoje é técnico na Índia, sobre o atacante colombiano Stiven Mendoza. Trata-se de uma aposta estrangeira do clube para o setor, algo que não chega a ser raro.
Algumas delas se saíram acertadas. Uma delas é o peruano Guerrero, autor dos dois gols na campanha vitoriosa do Mundial de 2012 e principal ídolo no atual elenco.
Outra aposta muito bem sucedida foi a contratação do argentino Carlos Tevez. Ele chegou no início da parceria do Corinthians com a MSI, no final de 2004, e rapidamente caiu nas graças do torcedor, apresentando uma combinação de técnica e raça. Com 20 gols nos 30 jogos que disputou, não só foi o grande responsável pelo titulo do Brasileirão de 2005 como acabou sendo eleito o melhor jogador da competição — tanto pela CBF quanto pela revistaPlacar.
Apesar de não ter feito causado o mesmo impacto, um outro atacante saiu da Argentina para conquistar a admiração do corintiano por uma temporada. Ele atende pelo nome de Herrera, contratado no início de 2008 para a ajudar o time a se reerguer depois do rebaixamento no Brasileirão no ano anterior. Não tinha a mesma qualidade de Tevez, mas conseguiu se destacar. Em 59 jogos, marcou 23 gols, boa parte deles de cabeça. Foi um dos pilares da conquista tranquila do Corinthians na Série B.
Mas a Argentina também rendeu ao Corinthians experiências que não deram certo. Martínez teve pouco espaço no time comandado por Tite no segundo semestre de 2012 e se mandou para o Boca Juniors logo no início do ano seguinte. Defederico chegou em 2009 e foi alvo até de comparação a Messi, mas não se firmou. Em 2002, Santiago Silva apareceu em apenas cinco jogos e não marcou nenhum gol. Bem antes disso, no ano de 1976, Hector Veira saiu do Sevilla para tentar ajudar a acabar com a fila de títulos, mas também acabou saindo sem deixar saudade.
Também não deram certo as apostas que o Corinthians fez em atacantes de países sem grande tradição no futebol. Um exemplo recente é o boliviano Arce, que pouco contribuiu em 2007 na briga contra o rebaixamento. O chinês Zizao também não ajudou dentro de campo, apesar de ter sido contratado mais como uma ação de marketing para abrir portas no mercado asiático do que para qualquer outra coisa.
Outra aposta internacional que não deu certo aconteceu em novembro de 1996, quando o Corinthians contratou o sul-africano Mark Frank Williams. O centroavante foi o destaque da conquista do seu país na Copa Africana de Nações daquele ano, com dois gols sobre a Tunísia na decisão, e tinha feito 15 gols em 27 jogos pelo Wolverhampton, na Inglaterra. Chegou com a missão de resolver os problemas de finalização do ataque da equipe, comandanda na época por Nelsinho Batista. Mas não marcou um único gol nas três partidas que disputou na reta final do Brasileirão. Depois, foi embora para África do Sul.
Evitar uma trajetória tão curta e sem brilho no Corinthians é justamente o desafio de Mendoza. “Quero agradecer a confiança que o clube depositou em mim. Agora é responder em campo, dando tudo por essa camisa e mostrando o meu futebol”, disse o colombiano em sua apresentação.
Relembre os atacantes estrangeiros que passaram pelo Corinthians:
Luiz Fabbi Filho (italiano) – 1910/13
Espanhol (espanhol) – 1961/62
Oleska Skorobahaty (polonês) – 1965
Hector Veira (argentino) – 1976
Julio Cesar (chileno) – 1982
Mark Frank Williams (sul-africano) – 1996
Santiago Silva (argentino) – 2002
Carlos Tevez (argentino) – 2005/2006
Juan Carlos Arce (boliviano) – 2007
Beto Acosta (uruguaio) – 2008
Herrera (argentino) – 2008
Defederico (argentino) – 2009/10
Zizao (chinês) – 2012/13
Juan Manuel Martínez (argentino) – 2012
Guerrero (peruano) – 2012/
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Por Esporte IG