Seleção 100% de Dunga resgata “sobreviventes” do vexame da Copa

Mantidos pelo técnico para criarem base da renovação brasileira, jogadores que participaram do Mundial de 2014 marcam 13 dos 17 gols do time com novo treinador
A seleção brasileira fez 17 gols nos sete jogos depois da Copa do Mundo. Um deles foi marcado por um jogador turco, contra. Dos outros 16, foram 13 de atletas que participaram do fracasso no Brasil. Logo após o apito final dos 7 a 1 da Alemanha, decretou-se o fim para a maioria daquele grupo. Mas, nove meses depois, boa parte dele tem conseguido se manter em alta. São os “sobreviventes” do desastre.
Que Neymar seguiria sendo a referência, ninguém nunca duvidou. Não só pelo seu talento, mas pela constatação de que a grande diferença daquela semifinal foi justamente sua ausência, em razão de lesão nas costas quase no fim das quartas de final contra a Colômbia. Ele é o artilheiro do pós-Copa com oito gols. Os outros cinco marcados por remanescentes foram de Willian (2),Oscar, David Luiz e Luiz Gustavo.
É essa base com mais vivência, ainda que a maior experiência deles tenha sido traumática, que Dunga quer usar para dar sustentação a uma renovação ainda mais profunda na equipe até conseguir a vaga na Copa do Mundo da Rússia, em 2018.
– Foi difícil depois de tudo que aconteceu na Copa, mas demos a volta por cima. Sabemos que não podemos baixar a cabeça e ficar pensando no que passou. Passado é história, fizemos sete grandes jogos e estamos melhorando a cada dia que passa – afirmou Neymar.
As vitórias, principalmente sobre Argentina, por 2 a 0, e França, por 3 a 1, duas equipes poderosas que também perderam para a Alemanha na Copa, mas só por 1 a 0, afastam o clima de desconfiança sobre a volta de Dunga ao comando. Claramente, ele preserva um esqueleto do time para que o entrosamento seja ingrediente dessa transição.
Luiz Gustavo, Oscar, Willian e Neymar foram titulares em todas as partidas até aqui. O quarteto veio da Copa do Mundo. Todos já fizeram gols. Até mesmo o volante, numa jogada pouco corriqueira em seu repertório.
Fui feliz, ainda mais de cabeça no ataque, pois não tenho tanta facilidade para fazer gols. Mas estou muito feliz por ajudar e ver que a Seleção evoluiu muito nesse grande teste contra uma grande seleção. Estamos nos sentindo cada vez mais confiantes no trabalho – valorizou Luiz Gustavo, após marcar o terceiro gol da vitória sobre a França, no Stade de France.
No grupo que está na Europa para os amistosos, somente oito integraram a delegação comandada por Luiz Felipe Scolari no ano passado. Seriam nove, se não fosse o corte de David Luiz. São eles: Jefferson, Marcelo, Thiago Silva, Luiz Gustavo, Fernandinho, Oscar, Willian e Neymar. Há também, claro, os que não voltaram à Seleção, casos de Fred, talvez o mais criticado da Copa, Dante e Bernard, reservas que substituíram Thiago Silva e Neymar na semifinal.
Fato é que, números a parte, os novos ares têm feito muito bem até mesmo a jogadores que saíram da Copa do Mundo completamente abatidos e com os dias contados.
Brasil e Chile se enfrentam às 11h (de Brasília) deste domingo, no estádio do Arsenal, em Londres, com transmissão da TV Globo
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Por Globo Esporte.com