Produtos mais saudáveis, sem uso de agrotóxicos a exemplos de frutas, verduras, sucos, iogurtes, leite, café, mel, biscoitos, sequilhos, queijos e muito mais. Esses são alguns dos produtos da agricultura familiar que podem fazer parte da alimentação dos estudantes da rede estadual de ensino. Na última (7), os produtos foram disponibilizados num café-da-manhã, no auditório da Secretaria da Educação do Estado, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), que reuniu diretores escolares do Núcleo Regional de Educação de Salvador e Região Metropolitana e cooperativas de agricultores familiares.

(Foto: Reprodução)

O evento promovido pelas secretarias de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Educação (SEC), teve o objetivo de impulsionar a compra de produtos oriundos da agricultura familiar pelas escolas da rede estadual para uso na alimentação escolar. O encontro buscou, ainda, apresentar aos diretores as diversas opções de produtos e discutir sugestões sobre novos formatos de credenciamento das cooperativas.  A ação deve contribuir para a inclusão produtiva dos, cerca de, 700 mil agricultores familiares baianos.

De acordo com o chefe de gabinete da SDR, Ivan Fontes, a escola tem um papel fundamental na transmissão de conceitos de uma sociedade melhor. E a aquisição de produtos da agricultura reforça isso. “Estamos falamos da aquisição de alimentos produzidos por um conjunto de famílias que, muitas vezes, só tem esse caminho para sobreviver. Podemos fazer uma verdadeira distribuição de renda com os recursos públicos que administramos”.

Também presente ao evento, o superintendente da Agricultura Familiar (SUAF), Marcelo Matos, da SDR, destacou a qualidade e diversidade dos produtos oferecidos. “Essa apresentação é fundamental, pois podemos mostrar aos diretores escolares que a merenda pode ser contida de uma alimentação mais saudável. Além, é claro, de contribuírem para beneficiar os pequenos agricultores da Bahia”.

A aquisição de produtos da agricultura familiar na rede estadual vem crescendo.  De acordo com o diretor de Logística Escolar, a meta da Secretaria da Educação é ultrapassar os 30% estabelecidos por lei. “Trabalhamos com a perspectiva da qualidade da alimentação, não só trazendo mais produtos da agricultura família para escola, como fazendo com que as pessoas que estão envolvidas nesse processo conheçam a origem e importância desses produtos”.

Qualidade dos produtos

Bastante emocionada, a presidente da União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), Regina Dantas, ressaltou o trabalho que a SUAF vem desenvolvendo, ao longo dos últimos sete anos, e falou da importância do evento. “Esses encontros são um momento de provocação, porque não apenas divulgam os alimentos, mas mostram que é possível levar à mesa dos refeitórios produtos de qualidade única.”

Entre as 20 expositoras, a Cooperativa dos Derivados do Leite da Região do Vale do Rio Gavião (Coodeleite), apresentou a produção de doce de leite em pasta e barra, leite pasteurizado, iogurte e queijo. “Poder fornecer para a alimentação escolar é dar a oportunidade aos estudantes de consumirem produtos orgânicos, ou seja, mais saudáveis. Até porque o público alvo, em sua grande maioria, é formado por crianças e jovens”, enfatiza a presidente Angélica Meira.

Entusiasmado com a possibilidade de conhecer novas opções para a alimentação escolar, o vice-diretor Paulo Silva de Oliveira, da Escola Estadual Edson de Souza Carneiro, em São Caetano, falou do seu objetivo em participar do evento. “Também faz parte da educação possibilitar esse consumo mais saudável de alimentos. Nós já temos alguns produtos originados da agricultura familiar, como polpa de fruta e verdura. Mas aqui, observo que temos muito mais alternativas”.

Centro de distribuição

Com o objetivo de viabilizar a comercialização dos produtos derivados da agricultura familiar e de empreendimentos econômicos solidários em Salvador e Região Metropolitana, a Secretaria de Desenvolvimento Rural, através da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vai construir um Centro de Distribuição de Produtos da Agricultura Familiar.  A previsão é que o Centro seja inaugurado em 2016. “A ideia é dinamizar a distribuição dos produtos tanto para as escolas, como para redes comerciais da grande Salvador”, afirma o Jeandro Laytynher Ribeiro, superintendente técnico da CAR. A iniciativa integra as ações do programa Vida Melhor no Campo, por meio projeto Bahia Produtiva da CAR.

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Por Secom / BA

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