Jaqueline Lima faz ajustes finais antes dos Jogos Olímpicos da Juventude 2018

Piauiense de 17 anos será a única representante do país no badminton no evento que será disputado em outubro, na Argentina
Considerada uma das mais completas jogadoras da base do país, a jovem piauiense Jaqueline Lima, de 17 anos, está na reta final de preparação para representar o badminton brasileiro nos Jogos Olímpicos da Juventude, em outubro, na capital argentina. Como parte da preparação para Buenos Aires, a jogadora disputa até a próxima quinta-feira (26.07) o Pan-Americano Júnior de Badminton, em Lauro de Freitas (BA).
Para garantir a vaga na Argentina, Jaqueline percorreu uma verdadeira maratona. Somou pontos em 17 torneios do circuito mundial, com passagens por Ásia, Europa e Américas. Assim, acumulou a pontuação necessária que assegurou uma das 28 vagas na principal competição júnior do planeta.
Entre os países em que Jaqueline carimbou o passaporte estão Malásia, Indonésia, Singapura, Dinamarca, Itália, Espanha, México, Guatemala e Peru. “Ao viajar, aprendi muitas coisas diferentes de minha rotina no Piauí. Conheci outras culturas e comidas. Gostei de jogar contra atletas de diferentes partes do mundo. Ganhei experiência de jogo e de tática. Aprendi que não tem muito segredo e não precisa temer jogar contra meninas de outros países”, diz Jaqueline.
Os Jogos Olímpicos da Juventude serão o maior desafio da carreira da jovem que conheceu o esporte de forma despretensiosa, durante uma colônia de férias em Teresina. “Eu não levava nada a sério, era só diversão. Depois, fui me dedicando cada vez mais aos treinos, comecei a viajar e me apaixonei pelo badminton. Agora, pretendo levar o esporte cada vez mais a sério, continuar indo aos intercâmbios e aprender coisas novas”, disse.
Para a treinadora da Seleção Brasileira júnior de badminton, Norma Rodrigues, a nova geração de brasileiros tem potencial de conquistar feitos inéditos. “Trabalho com a Jaqueline e com Fabrício Farias (que garantiu vaga no masculino) há cerca de 10 anos. Eles estão jogando torneios internacionais desde o sub-11, quando entraram no nosso radar. Dentro das Américas, são os melhores”, aponta.
“Entrei na última vaga da lista para disputar os Jogos. Eu me dediquei muito neste ano de 2018, correndo atrás e jogando todos os campeonatos que conseguimos ir para garantir bons resultados. Fiquei feliz pela convocação. Competir contra os melhores do mundo será muito importante para garantir uma evolução”, acrescenta Jaqueline.
Com o trabalho voltado para o melhor desempenho da piauiense, Norma já tem registrado na mente o que espera em Buenos Aires. “Temos ainda mais duas competições pela frente. Uma na Dinamarca, no fim de agosto, e outra no Chile, que também irão servir de termômetro. A ideia é chegar e passar na fase de grupo, ou seja, cada atleta ganhar dois jogos. Não será fácil, porque estarão lá os 28 melhores atletas júniores do mundo”, disse.
Por Rede do Esporte