Seleção entra em campo nesta terça-feira (17.06) para enfrentar as italianas no Stade du Hainaut, em Valenciennes

A Seleção Brasileira de Futebol Feminino conta as horas para a terceira e decisiva partida do time pelo grupo C da Copa do Mundo da França 2019. Nesta terça-feira (18.06), às 16h, no horário de Brasília, as comandadas pelo técnico Vadão enfrentam a Itália, no Stade du Hainaut, em Valenciennes.

Líder do Grupo C, com seis pontos, as italianas entram em campo já classificadas para as oitavas de final. O Brasil, com três pontos, mesmo número da Austrália, ocupa a segunda colocação pelo saldo de gols. Pelo regulamento, as duas melhores equipes de cada grupo avançam diretamente, além das quatro melhores terceiras colocadas das seis chaves. Como as terceiras colocadas dos grupos E (Camarões e Nova Zelândia) e F (Chile e Tailândia) podem chegar a no máximo três pontos, um empate assegura o Brasil nas oitavas.

Neste domingo (16.06), a Seleção treinou com o grupo completo no Stade Jean Jacques, em Lille. A comissão técnica priorizou o trabalho tático da equipe focado no duelo com a Itália, mas as atacantes Andressa Alves e Cristiane, além da zagueira Kathellen, fizeram trabalho a parte. Já a volante Formiga, suspensa da próxima partida, se recupera de uma entorse no tornozelo esquerdo. A atleta não treinou e está realizando fisioterapia no departamento médico da Seleção.

“É a vida ou a morte para nós agora”, sentencia a craque Marta, que atuou apenas no primeiro tempo contra a Austrália, na derrota de virada por 3 x 2. “Temos um lado competitivo, mas se criarmos chances, temos que pegá-las”, prossegue a atacante, que, contra as australianas, fez história ao chegar a seu 16º gol em Mundiais, igualando o recorde do alemão Miroslav Klose e agora dividindo com ele o título de principais artilheiros da história das Copas do Mundo da FIFA. Marta tornou-se, ainda, a primeira atleta a marcar gols em cinco edições do torneio. No total, ela soma 106 gols em 145 partidas pela Seleção Brasileira.

Para a atacante Bia Zaneratto, o revés na última partida está no passado. “Viramos essa página da derrota com a Austrália”, afirma. “O nosso foco agora está na Itália e vamos pensar nesse jogo como se fosse o último de nossas vidas, ele é crucial”, reforça a jogadora, que fez uma análise das rivais.

“Acredito que elas têm muito essa qualidade de posse de bola, não são aquele time de muita velocidade. Acho que isso vai nos ajudar, porque o nosso estilo é jogar com a bola no pé e criar as jogadas. Igualando isso, e se a gente conseguir jogar o nosso futebol, como conseguimos com a Austrália, acho que vamos chegar a nosso objetivo”, pondera.

Meio-campista da Seleção e atleta do Milan há um ano, Thaisa encara sua segunda Copa do Mundo. A jogadora, que esteve no time do Mundial de 2015 e também nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, terá como adversárias nesta terça seis jogadoras de seu clube italiano.

“Eu acho que o futebol italiano agregou no meu jogo a parte tática. Eles têm algo a mais e são conhecidos pela tática. Acho que vai ser difícil, elas estão bem taticamente, mas nós temos muito potencial. A gente tem estudado muito as italianas e vamos determinadas para uma vitória”, diz a camisa 5 da Seleção, que é a responsável por dominar o meio-campo ao lado de Formiga e, por isso mesmo, comentou a ausência da companheira, suspensa após receber dois cartões amarelos.

“Tenho certeza de que quem o professor Vadão escolher para a vaga vai dar fazer o melhor. A gente tem tudo para conseguir essa vitória. A Formiga é uma perda grande, mas a gente está numa Seleção e acredito que quem está no banco também é bem competente para entrar e não deixar esse nível cair”, analisa Thaisa.

Investimento

O Governo Federal é um dos principais patrocinadores do futebol feminino no Brasil. Dezoito das 23 convocadas pelo técnico Vadão para a Copa do Mundo são integrantes do Bolsa Atleta, programa da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. O investimento nessas jogadoras é de R$ 576,3 mil por ano.

Do grupo, 14 são integrantes da categoria Olímpica, uma da Internacional e três da Nacional. Ao todo, o futebol feminino tem 103 atletas atualmente contempladas no edital de 2018 do Bolsa Atleta, com R$ 1,7 milhão em investimento por ano. Numa perspectiva histórica, desde 2005 foram concedidas 1.103 bolsas para 450 jogadoras, num aporte federal de mais de R$ 18 milhões.

Resultados e programação do Brasil na primeira fase

• 09.06, em Grenoble
  Brasil 3 x 0 Jamaica
• 13.06, em Montpellier
  Brasil 2 x 3 Austrália
• 18.06, em Valenciennes
  Brasil x Itália, a partir das 16h (de Brasília)

Todos os campeões da Copa do Mundo de futebol feminino

• 1991 – Estados Unidos
• 1995 – Noruega
• 1999 – Estados Unidos
• 2003 – Alemanha
• 2007 – Alemanha
• 2011 – Japão
• 2015 – Estados Unidos

Por Rede do Esporte
Com informações da CBF e da FIFA

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