Quatro medalhistas em Londres 2012 estão na seleção que disputa o Mundial de 2019
Daniel Dias, Edênia Garcia, Joana Neves e Phelipe Rodrigues subiram ao pódio paralímpico há sete anos e voltam ao local para torneio que reúne 600 nadadores de 60 países
Quatro medalhistas dos Jogos Paralímpicos de Londres 2012 ainda integram a Seleção Brasileira que disputará o Mundial de Natação Paralímpica em 2019. A competição, de 9 a 15 de setembro, terá como cenário o Parque Olímpico Rainha Elizabeth, mesma piscina do maior evento paralímpico há sete anos.
Nos Jogos Paralímpicos Londres 2012 a natação brasileira faturou 14 medalhas: nove ouros, quatro pratas e um bronze. Dos 25 nadadores brasileiros neste Mundial, nove integraram a delegação nos Jogos e retornam à capital inglesa, entre eles quatro medalhistas: o paulista Daniel Dias (classe S5), a cearense Edênia Garcia (S3), a potiguar Joana Neves (S5) e o pernambucano Phelipe Rodrigues (S10).
Há menos de uma semana, os atletas brasileiros estavam em Lima, no Peru, onde disputaram os Jogos Parapan-Americanos. Vinte e quatro atletas que competirão no Mundial participaram da competição continental, realizada de 23 de agosto a 1º setembro. No Parapan de Lima, a modalidade contou com 40 nadadores, que conquistaram 127 medalhas, sendo 53 ouros, 45 pratas e 29 bronzes. A natação foi o esporte que mais contribuiu para a performance histórica do Brasil.
Em Lima, o paulista Daniel Dias teve 100% de aproveitamento. O Foi campeão nas cinco provas que disputou e atingiu a marca de 33 medalhas de ouro em Jogos Parapan-Americanos. O pernambucano Phelipe Rodrigues também fez excelente Parapan. O nadador levou na mala sete ouros e um bronze.
“É sempre bom voltar, ainda mais a um lugar que me traz boas recordações. Em 2012, tivemos uma excelente Paralimpíada e voltar aqui é uma alegria. A gente sabe que é outra competição agora. Esperamos mais uma vez continuar nesse nível no Mundial e conseguir trazer alegria para o povo brasileiro”, disse o multimedalhista Daniel Dias, que conquistou seis ouros nos Jogos de Londres.
“A expectativa para o Mundial é superar o que me aconteceu em 2012: fiquei em quarto lugar na minha prova principal, que são os 50m livre. Dessa vez eu tenho uma responsabilidade maior, por ser campeão mundial, mas estou com a cabeça tranquila. O Parapan me ajudou muito a chegar aqui com uma energia boa, relaxado. E lá eu pude perceber que estava bem, fisicamente e mentalmente. Eu acredito que vou cair na minha melhor forma. Tenho certeza de que vou trazer bons frutos para o Brasil”, comentou Phelipe Rodrigues, que nos Jogos de Londres subiu ao pódio para receber a prata nos 100m livre da classe S10.
Cerca de 600 nadadores de 60 países são esperados na competição, que dá aos países a alocação de vagas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, no próximo ano. Os atletas que ficarem entre os dois primeiros em suas respectivas provas garantem um lugar à sua nação na Paralimpíada. Cada nadador poderá acumular apenas um posto para o seu país.
A última edição do Mundial aconteceu na Cidade do México, em 2017, e o Brasil terminou na quarta colocação no quadro-geral, com 36 medalhas: foram 18 de ouro, nove de prata e nove de bronze.
Por Comitê Paralímpico Brasileiro