Judô brasileiro traz um ouro e um bronze do Grand Prix do Uzbequistão

Alana Maldonado ficou com o ouro na categoria até 70 kg e Meg Emmerich levou o bronze entre as judocas acima de 70 kg
A seleção brasileira de judô paralímpico encerrou, nesta terça-feira (24.07), sua participação no Grand Prix de Tashkent, no Uzbequistão, com duas medalhas: Alana Maldonado ficou com o ouro na categoria até 70 kg e Meg Emmerich levou o bronze entre as judocas acima de 70 kg. O Brasil foi representado por seis atletas e terminou o torneio na sexta colocação geral. Além das duas medalhas, obteve dois quintos lugares e um sétimo.
Atual campeã mundial em sua divisão, Alana venceu suas três lutas. Na estreia, passou por Zulfiyya Huseynova, do Azerbaijão, após a adversária levar três punições. Na semifinal, ganhou por ippon da turca Raziye Ulucam. Na decisão, reencontrou a uzbeque Vasila Aliboeva, que já havia enfrentado no mesmo local, há dois anos, na Copa do Mundo, e em 2018, na final do Mundial, em Portugal. Assim como nos dois combates anteriores, a brasileira dominou a rival e viu sua oponente somar três faltas.
“Queria agradecer a Deus, à minha família, a todos que torcem por mim e a meus patrocinadores. É um momento de muita alegria, estou muito feliz mesmo! É a última competição internacional do ano e consegui alcançar meu objetivo com a medalha e, assim, vou manter a liderança do ranking mundial”, comemorou Alana, 24 anos e nascida em Tupã, no interior de São Paulo.
Com o resultado, a judoca, beneficiada com o Bolsa Pódio do Governo Federal, coleciona dois ouros e uma prata em etapas de Copa do Mundo e/ou Grand Prix, uma prata em Jogos Paralímpicos, um ouro em Mundiais, duas pratas em Jogos Parapan-Americanos e um bronze em Jogos Mundiais IBSA.
“Preciso fazer um agradecimento especial à toda comissão técnica e aos meus treinadores. O Jaime Bragança e o Alexandre Garcia vêm fazendo um trabalho fantástico”, afirmou Alana, referindo-se aos dois treinadores da seleção brasileira. “Eles se dedicam aos treinamentos e em tudo para dar o melhor conhecimento para a gente. Então, essa conquista é nossa, não é só minha, é de uma equipe”, ressaltou.
Duelo brasileiro pelo bronze
Rivais na decisão do último Parapan, em Lima, em agosto, as brasileiras Meg Emmerich e Rebeca Silva voltaram a se encontrar para lutar por uma medalha, mas desta vez não era o ouro, e, sim, o bronze. Vencedora do duelo no Peru, Meg levou a melhor mais uma vez com um ippon aplicado já no Golden Score, a prorrogação no judô.
A campeã parapan-americana venceu na estreia a ucraniana Anastasiia Harnyk, por ippon. Na semifinal, porém, caiu para a italiana Carolina Costa, atual campeã europeia. Já Rebeca Silva teve trajetória mais complicada para chegar à disputa do bronze: logo na primeira luta, foi batida por Zarina Baibatina, do Cazaquistão. Precisou, então, vencer duas lutas de repescagem: ippons sobre a russa Tatiana Savostyanova e a uzbeque Feruzakhon Yusupova. Rebeca acabou o Grand Prix na quinta colocação, repetindo o que Lúcia Araújo fizera no primeiro dia de competição.
Entre os homens, nem Harlley Pereira nem Antônio Tenório conseguiram chegar ao pódio. O primeiro caiu já na estreia, para o russo Ruslan Sabirov. Tenório também foi derrotado no primeiro desafio, por Sulaymon Alaev, do Uzbequistão. Na repescagem, ele ganhou do ucraniano Oleksandr Pominov, mas não foi páreo para o russo Anatolii Shevchenko e encerrou sua participação em sétimo.
Os judocas brasileiros ainda terão um último compromisso neste ano: o Grand Prix de Judô Paralímpico. A competição será disputada de 29 de novembro a 1 de dezembro, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo.
Por Comitê Paralímpico Brasileiro