Com ventos fracos, Robert Scheidt termina em 40º o primeiro dia do Mundial da Classe Laser
Bicampeão olímpico visa, em Melbourne, definir sua participação nos Jogos de Tóquio 2020. Expectativa é de chegada de ventos mais fortes melhores seu desempenho na Austrália
O bicampeão olímpico Robert Scheidt, velejando em condições de vento fraco nesta terça-feira (11.02), no Campeonato Mundial da Classe Laser, disputado no Sandringham Yacht Club, em Melbourne, na Austrália, não teve um bom início e terminou o dia na 40ª colocação, entre 124 velejadores. Essa é a competição mais importante e dura de 2020, antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Robert Scheidt: bicampeão olímpico cada vez mais perto de carimbar o passaporte para sua sétima Olimpíada. Foto: Divulgação
O primeiro dia começou devagar em Melbourne e o comitê de regata manteve os velejadores em terra à espera do vento. Finalmente, por volta das 15h30 (a Austrália está 11 horas à frente do horário de Brasília) as duas primeiras provas do Mundial foram disputadas com vento fraco, com média de dez nós (cerca de 18/km).
A boa notícia para quem sempre gostou de velejar com velocidade, como Scheidt, é que as rajadas devem aumentar e chegar a até 25 nós (mais de 45/km). “O objetivo é seguir evoluindo ao longo da competição e conquistar uma vaga na fase semifinal, a partir de sexta-feira (14.02). Vamos esperar que o vento entre forte”, diz Scheidt.
O brasileiro disputa o Mundial focado em elevar seu nível competitivo visando uma boa participação na Olimpíada de Tóquio, a partir de julho, a sétima em seu currículo, um recorde entre os atletas brasileiros.
“A disputa aqui na Austrália é intensa, pois temos perto de 130 velejadores de elite na água. Estamos divididos em três flotilhas e largar bem será fundamental para buscar boas colocações nas quatro regatas restantes, nesta quarta e quinta, para construir uma boa média e avançar para a fase final. É importante também evitar grandes erros para me manter entre os barcos com chance de ir até o final na luta pelo pódio”, completa o velejador, que tem 27 pontos perdidos. A liderança na Austrália é do atleta local, Finn Alexander, com 3pp.
Dono de 14 troféus de campeão mundial – 11 na Laser e três na Star –, Robert Scheidt, aos 46 anos, enfrenta atletas até 20 anos mais jovens em Melbourne. O bicampeão olímpico retornou à classe Laser em 2019, após quase três anos ausente, desde os Jogos do Rio 2016, onde terminou na quarta colocação. Nesse período de readaptação às novas técnicas e nova mastreação, Scheidt cumpriu seu objetivo principal, que foi o índice para Tóquio, com o 12° lugar no Campeonato Mundial da Classe Laser 2019, em Sakaiminato, no Japão, em julho.
Agora, ele compete na Austrália para carimbar o passaporte olímpico, pois ainda precisa esperar a convocação final para a delegação brasileira. De acordo com o critério da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), ele só perde a vaga para os Jogos do Japão se outro atleta do Brasil subir ao pódio no Mundial da Laser em 2020. O Brasil tem apenas mais um representante em Melbourne, o velejador Gustavo Nascimento, de 24 anos, que ocupa o 96° lugar depois do primeiro dia do Mundial.
Por Assessoria de imprensa do atleta