Suplementação com proteína do leite e caseína para fadiga muscular
O treinamento resistido estimula simultâneamente o catabolismo e o anabolismo de fibras musculares ativas. A diferença entre esses mecanismos é chamada de balanço da rede protéica.
Quando positivo, esse balanço favorece o aumenta da massa muscular (hipertrofia). O efeito do treinamento resistido nesse balanço protéico pode persitir por até 48h. Além disso, qualquer modificação nutricional que possa aumentar a acresção protéica no músculo pode maximizar os efeitos do treinamento resistido e melhorar o anabolismo muscular. Em particular, tem sido demonstrado que o consumo de proteína após o exercício muda a balança a favor da síntese muscular protéica.
A composição dos suplementos pode ter um papel essencial em influenciar o balanço protéico já que estudos anteriores revelaram que apenas os aminoácidos essenciais (não produzidos pelo organismo) podem estimular a síntese muscular protéica. Por exemplo, o leite contém duas frações protéicas, proteínas solúveis e a caseína miscelar, com rápida e lenta taxa de absorção respectivamente. Como consequência, a síntese muscular tem sido melhor com as proteínas solúveis do que com a caseína. Além disso, para aumentar a massa muscular, adaptações funcionais, como o aumento de força, também são obtidos com a suplementação de aminoácidos essenciais.
A suplementação protéica parece também influenciar na fadiga muscular. Outros aminoácidos, como os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs): leucina, valina e isoleucina; podem reduzir a fadiga através da diminuição da percepção de esforço e o favorecimento da performance mental durante o exercício prolongado. Um aumento da endurance muscular e da fadiga muscular foram obsrvados em estudos com a suplementação de proteína de rápida absorção. Os resultados podem ser atribuídos a melhora do processo de reparo através da redução da quebra brotéica e o aumento da síntese protéica.
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Por A Tarde/Estadão