Banco Central aponta que deficit externo do Brasil diminuiu
As transações de bens e serviços do Brasil com o exterior tiveram em julho um rombo de US$ 6 bilhões, informou o Banco Central nesta sexta-feira (22).
Essa conta incluiu comércio com outros países, serviços, transferências, e outras operações que envolvem trocas com outros países.
O rombo foi menor do que o estimado pelo governo e do que o de julho do ano passado, quando esse valor atingiu US$ 8,9 bilhões.
No acumulado dos primeiros sete meses do ano, o deficit somou US$ 49,3 bilhões, valor também inferior ao do mesmo período do ano passado, de US$ 52,1 bilhões.
Em 12 meses, o deficit nas transações com o exterior está em US$ 78,4 bilhões, o equivalente a 3,45% do PIB (Produto Interno Bruto).
Serviços
A conta de serviços, na qual estão inseridos os gastos com viagens, foi o que puxou o resultado negativo do mês de julho, com um deficit de US$4,5 bilhões.
O setor de aluguel de equipamentos foi responsável, sozinho, por um rombo de US$ 2,4 bilhões. O deficit de viagens foi de US$ 1,6 bilhão.
Gastos no exterior
Em plena Copa do Mundo, o brasileiro bateu o seu recorde de gastos em viagens ao exterior.
Foram R$ 2,4 bilhões deixados lá fora no mês de julho, segundo informou o Banco Central. É o maior valor mensal de gastos de turistas brasileiros de que o BC tem registro.
Já os estrangeiros gastaram no Brasil um terço do que os brasileiros gastaram lá fora -foram US$ 789 milhões em julho.
Os gastos dos estrangeiros no Brasil diminuíram em relação aos US$ 797 milhões deixados aqui em junho, mês que abrigou as duas primeiras semanas do Mundial.
Naquele mês, os gastos haviam sido recorde. Também em junho os brasileiros haviam deixado mais dinheiro lá fora do que os estrangeiros por aqui: US$ 2 bilhões, valor recorde para meses de junho.
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Por Folha Press