Rodela troca Tv pelas ruas
Famoso pela feiura e pelas caretas, o humorista Luiz Carlos Ribeiro, a Rodela, 60 anos, está cada vez mais longe da TV. Com aparições esporádicas no Programa do Ratinho, ele prefere trabalhar na rua, onde ganha dos pedestres até seis vezes mais do que de cachê das emissoras. O afastamento também foi provocado por mágoas com ex-colegas, como Gilberto Barros, que, segundo o comediante, o boicotou quando eles trabalhavam na Record, nos final dos anos 1990: “Odeio aquele cara”, desabafa.
Todas as sextas e sábados, Ribeiro sai de sua casa, em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, e se apresenta em frente ao Mosteiro de São Bento, no centro da capital paulista. Ali, ele se transforma, veste peruca e vestido, vira Rodela (sim, é uma mulher) e fatura com suas caretas e seu DVD, à venda por R$ 10. humorista consegue ganhar até R$ 2.000 por final de semana na rua, seis vezes acima do cachê (R$ 300) das gravações do quadro de DNA de Ratinho.
“Até hoje trabalho na rua e não me arrependo. Faço o que gosto. Tem lugar que se eu for trabalhar eu não ganho o que ganho na rua”, diz Rodela. O ex-metalúrgico e camelô virou humorista após ter sido demitido da fábrica onde trabalhava e de ter suas mercadorias apreendidas ao tentar vendê-las no trem.
Quando ainda era industrial, no início da década de 1990, Ribeiro topou participar do Show de Calouros, porém até hoje lamenta que foi prejudicado em cima da hora, pois competiu com um homem que comia bananas de ponta-cabeça. “Não era eu que ia competir com ele, e sim um cara que comia brasa, mas ele não conseguiu e o Liminha me colocou no lugar. Nem sabia fazer careta direito, a dentadura caía direto, me colocaram na fogueira (risos)”, relembra.
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Por UOL