Empresários pedem que a Bahia seja incluída este ano no Horário de Verão
No próximo dia 19 o horário de verão será iniciado, e, pelo terceiro ano consecutivo, a Bahia ficará de fora. Por conta desta decisão do governador Jaques Wagner, as federações do comércio, indústria e agricultura da Bahia pediram reunião com o governador para tentar reverter a decisão.
A principal motivação seria a perda da produtividade dos setores, já que, segundo eles, 80% das relações comerciais da Bahia são feitas com estados das regiões Sul e Sudeste.
Além da sincronia com as principais regiões financeiras do país, o impulso ao desempenho dos setores de turismo, lazer, comércio e serviços também foi apontado como razão para que a Bahia participe do horário de verão.
“É uma perda para a Bahia porque ninguém está fora do circuito financeiro nacional. Lutamos muito para que isso não acontecesse. Lamentamos que a decisão política do governador tivesse resultado nisso, mas a decisão dele é soberana e não podemos contestar”, disse Marcos de Meirelles Fonseca, presidente da Associação Comercial da Bahia.
A mesma opinião foi compartilhada por Carlos Andrade, presidente da Fecomércio/BA. Segundo ele, o governador precisa ouvir as razões dos setores produtivos de não aceitarem a exclusão do estado do horário de verão.
“A Fecomércio, a Fieb e a Faeb elaboraram um ofício pedindo audiência com o governador. Queremos que ele ouça nossa posição sobre essa decisão. Não entendemos o motivo de ficarmos de fora do horário de verão, uma vez que somos economicamente ligados com o Sul e o Sudeste. Além disso, o turista consome mais à tarde e à noite, favorecendo o nosso comércio”, pontuou.
O principal objetivo do horário de verão é a economia de energia. A expectativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é diminuir o consumo de energia. De acordo com registros do ONS, com uma hora a mais de luz natural, a demanda no horário de pico diminui 2.065 MW no subsistema Sudeste/Centro-Oeste e 630 MW no subsistema Sul, correspondendo a uma redução de 4,6% e 5,0%, respectivamente.
No ano passado, a adoção do horário especial permitiu economia de R$ 400 milhões. Até 22 de fevereiro, os relógios deverão ser adiantados em uma hora em dez estados e no Distrito Federal.
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Por Tribuna da Bahia