SECULT e UFBA lançam livro e fazem Oficina em Cipó hoje

O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA) e a Editora da Universidade Federal da Bahia (EDUFBA) lançam hoje, às 17h, no Salão Maria Bonita do Grande Hotel Caldas de Cipó, cidade de Cipó, o livro Estância Hidromineral de ‘Cipó: Um balneário no Sertão da Bahia’. A obra é de autoria do professor da Faculdade de Arquitetura/UFBA, Edson Fernandes, e foi financiada pelo Fundo de Cultura por meio dos Editais da SecultBA.
De acordo com o professor Edson Fernandes, o livro sobre a Estância Hidromineral de Cipó é baseado na sua dissertação de mestrado que tem como objeto central analisar as intervenções nessa cidade, abordando as motivações de construção de cidades balneárias, entre os anos 1930 e 1940. “Trata-se de uma contribuição à história das cidades baianas e levantamento histórico sobre urbanismo praticado no interior, tema que fica em segundo plano entre muitos pesquisadores”, comenta Fernandes.
Mais conservado do Brasil
O centro histórico de Cipó, a 245 quilômetros de Salvador, é considerado o conjunto arquitetônico-urbanístico Art déco e neocolonial mais conservado do Brasil e está tombado pelo IPAC, como ‘Patrimônio Cultural da Bahia’ desde 2008. O tombamento permitiu o financiamento do Fundo, já que os bens culturais que participam dos Editais devem ser protegidos pelo Município, Estado ou União. A política de Editais permite ampliar as ações de apoio aos bens culturais, sejam eles materiais – imóveis, móveis e obras de arte – ou intangíveis – manifestações populares, celebrações, saberes e fazeres culturais.
Edificações como o Solar Barão de Jeremoabo (Itapicuru) ou a Casa de Castro Alves no Pelourinho (Salvador), sites e mapas digitais, como o de Rio de Contas, livros como o de Cipó ou de índios do baixo-Sul, são iniciativas beneficiadas até agora pelos Editais do IPAC entre 2009 e 2014. Somam-se ainda lançamentos de CD, projetos socioeducativos e de educação patrimonial, como os memoriais do Rosário dos Pretos e da Irmandade da Boa Morte, dentre outras dezenas de iniciativas.
Oficina pública
Integrando as políticas públicas de proteção aos bens culturais, o IPAC promoverá ainda em Cipó, no mesmo dia e horário, uma oficina gratuita do Projeto ‘Conversando sobre o Patrimônio’ e o ‘ICMS Cultural’. Além do professor Edson Fernandes, estarão como palestrantes, a coordenadora de Editais do IPAC, Ana Cristina Coelho, o historiador Alberto Carletto e a chefe de gabinete do IPAC, Carolina Passos. As temáticas são os patrimônios materiais e imateriais, a nova proposta do IPAC para a criação de um ICMS cultural e a importância dos editais para a cultura baiana.
O tombamento de Cipó integra ação inédita na Bahia, iniciada em 2007, que passou a proteger edificações de outros estilos arquitetônicos que não só o barroco-colonial. “Passamos a tombar imóveis Art déco, neocoloniais, ecléticos e neoclássicos”, explica a diretora geral do IPAC, Elisabete Gándara. Segundo ela, nesse período foram tombados os edifícios Oceania (Farol da Barra), Dourado (Graça), A Tarde e Sulacap (Praça Castro Alves), o Caramuru (Comércio) – referência modernista brasileira – o cineteatro Jandaia (Baixa dos Sapateiros) e Hospital Aristides Maltez (Brotas). “O tombamento garante prioridade nas linhas de financiamento, auxiliando na salvaguarda e na preservação dessas construções que traduzem a memória e a história de um povo”, ressalta Elisabete Gándara.
Mais informações sobre tombamento, o livro e a oficina na Diretoria de Preservação do Patrimônio (Dipat) do IPAC, via telefone (71) 3117-7498 e endereço eletrônico dipat.ipac@ipac.ba.gov.br. Confira o site www.ipac.ba.gov.br, o Facebook Ipacba Patrimônio e o Twitter @ipac_ba.
Serviço:
O quê: Lançamento do livro Estância Hidromineral de Cipó: Um balneário no Sertão da Bahia e Oficina ‘Conversando sobre Patrimônio’ e ‘ICMS Cultural’.
Quando: 18 de outubro, sábado, às 17h.
Onde: Salão Maria Bonita do Grande Hotel Caldas de Cipó.
Acesso: Gratuito
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Por Secult / BA