Suspeita de casos de pessoas com zika vírus cresce 200%
O número de casos suspeitos de pacientes contaminados por zika vírus (zikav) que deram entrada em postos de saúde de Salvador aumentou 200% em maio.
Os dados são da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que registrou, de 12 a 30 de abril, 1.350 pessoas com sintomas da doença, que é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti – o mesmo que causa a dengue e a febre chikungunya.
Nas primeiras três semanas de maio, foram contabilizadas mais 4.050 suspeitas, o que totaliza, em dois meses, 5.400 casos.
Não há estimativa sobre a quantidade de pacientes que já foram atendidos com sintomas da doença nos hospitais das redes estadual e particular. No entanto, a procura por atendimento nas emergências nas unidades de saúde é grande.
Com pequenas manchas vermelhas pelo corpo, febre, dores nas articulações e mal-estar, a vendedora Carla Santos Silva, 32, foi diagnosticada com a doença. Para tanto, foi prescrito um exame de sorologia para descartar suspeitas de dengue ou chikungunya.
“Comecei com uma coceira por todo o corpo, que mais parecia uma reação alérgica. O sintoma foi evoluindo e passei a ter febre e dores. No local onde fui atendida, muitas pessoas apresentavam os mesmos sintomas que eu”, contou.
A dona de casa Sílvia Santana, 48, passou por dois hospitais antes de conseguir atendimento por conta da lotação das emergências. Ainda assim, ela chegou a esperar quase cinco horas pela consulta médica.
“Esperei bastante até ser chamada, mas fui liberada logo após a liberação dos exames”, afirmou.
Orientações
Em todo o estado, foram confirmadas apenas oito ocorrências da doença pelo Ministério da Saúde (MS), até o momento. Por conta disso, os demais casos estão sendo tratados pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) como doença exantemática indeterminada.
De acordo com a assessoria de comunicação do órgão federal, ainda estão sendo aguardados resultados das análises das amostras de sangue coletadas no estado que foram enviadas para o laboratório do Instituto Evandro Chagas, localizado em Belém (PA).
A instituição é a única do país credenciada pelo MS para analisar as amostras de casos suspeitos de zika vírus e chikungunya.
Ainda segundo a assessoria, na próxima semana, o MS lançará um documento com orientações a secretarias de saúde municipais e estaduais de como proceder em casos de suspeita da doença.
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Por A Tarde