ABES destrói mais de 2,1 milhões de mídias ilegais
A ação ocorre no Dia Nacional de Combate à Pirataria. O material é resultado das operações de busca e apreensão realizadas pelas autoridades nos últimos anos
Nesta manhã, 3 de dezembro, Dia Nacional de Combate à Pirataria, a ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) deu início à destruição de mais de 2,1 milhões de CD’s e DVD’s contendo software ilegal.
O material é resultado das operações de busca e apreensão realizadas pelas autoridades nos últimos anos e estava armazenado sob responsabilidade da entidade que é fiel depositária do material até ele receber autorização judicial para ser destruído.
O diretor Jurídico da entidade, Dr. Manoel Antônio dos Santos, explica que o crime de pirataria de software traz preocupação não só para o setor de tecnologia e para o consumidor, mas também para a sociedade ao deixar de arrecadar receitas e impostos, que poderiam ser revertidos em forma de benefícios para educação e saúde, além de estar diretamente ligado ao crime organizado.
A destruição será realizada pela empresa Plasnoi Comércio de Plásticos, por meio de um moinho triturador, que fragmentou todo o material para reciclagem.
Segundo o advogado, quando a ABES começou a trabalhar contra a pirataria de software no Brasil, nos anos 80, o índice de pirataria chegava a mais de 90%. Hoje, depois de muito trabalho de conscientização e novas formas de comercialização das licenças de software, o índice caiu para 50%, mas ainda é preocupante. Com a migração de grande parte da pirataria para o ambiente virtual, a entidade tem investido fortemente em seu serviço de Monitoramento de Internet e no Portal de Denúncias Anônimas contra a Pirataria de Software http://www.denunciepirataria.
De acordo com a entidade, em 2015, até o mês de novembro, o serviço de Monitoramento de Internet da ABES conseguiu remover cerca de 65 mil anúncios, links e sites com conteúdos que davam acesso a arquivos que violam o Direito Autoral de Software dos associados da entidade.
“Conquistamos uma diminuição expressiva nos últimos, mas foram necessárias mais de três décadas para ainda convivermos com a metade dos programas de computador utilizados no Brasil sem autorização de uso. Por isso, sabemos que ainda há muito a se fazer a respeito da Propriedade Intelectual no Brasil”, afirma Dr. Manoel Antônio dos Santos.
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Por Ascom / ABES