“Adote um Futuro Campeão” busca parceiros para transformar vidas de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social

Projeto desenvolve oficinas gratuitas de música e esportes
Vitória da Conquista é considerada uma das 150 cidades com maior número de homicídios do Brasil, de acordo com o Mapa da Violência 2016. Ainda em 2016, a terceira maior cidade do estado apareceu entre as 50 acima de 300 mil habitantes mais violentas do mundo em um ranking internacional publicado pela ONG mexicana Seguridad, Justicia y Paz.
A maioria das pessoas envolvidas nos casos de violência são jovens e adolescentes, sejam vítimas ou praticantes do ato. Segundo balanço feito pela 77ª Companhia Independente de Polícia Militar (77ª CIPM), que atua na zona leste de Vitória da Conquista, só em 2013 foram apreendidos 105 adolescentes acusados de cometer crimes no município.
Os homicídios elucidados com participação de adolescentes cresceram de 12% em 2013 para 26% em 2014. O número de assassinatos de jovens também colocou Conquista no oitavo lugar do ranking das 20 cidades mais violentas para adolescentes em todo o país, de acordo com dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República em 2015.
Embora seja polo regional na saúde, no ensino superior e na distribuição de serviços, a falta de perspectiva na vida, a guerra às drogas e a desigualdade social são algumas das razões que levam para a explosão da criminalidade. É fato que o surto de violência e o homicídio de jovens tem endereço, cor e condição social e neste sentido, as políticas públicas são insuficientes.
Diante desta realidade, a campanha “Adote um Futuro Campeão”, realizada pela Alfam Consultoria, busca incentivar que empresas ou pessoas físicas ajudem a custear a participação de crianças e adolescentes em estado de vulnerabilidade social em oficinas esportivas e culturais, com foco no desenvolvimento de valores e na redução da violência.
Por meio dos projetos como o “Música e Transformação” e “Esporte e Transformação”, a Alfam atende crianças e adolescentes entre 07 e 17 anos, proporcionando o ensino gratuito de música para uma Orquestra de Cordas, além de Judô e Futebol.
“Nós buscamos usar o esporte e a cultura como ferramenta de transformação. Os projetos são customizados conforme a realidade existente e seus resultados monitorados e avaliados”, afirma Aline Vieira, gestora do projeto.
Por Vagalume Assessoria