Jade se fixa como elo entre gerações na transição da ginástica

Com duas participações olímpicas, atleta de 26 anos atua nos Jogos Sul-Americanos como ponto de referência para a nova safra de talentos nacionais
“A melhor equipe é equilibrada, com meninas experientes e atletas mais jovens”. A frase de Jade Barbosa retrata o momento de transição da ginástica artística brasileira. Aos 26 anos, Jade é uma jovem “veterana”, que acumula mais de uma década na seleção e hoje tem o papel de transmitir experiência, tranquilidade e confiança à safra que se prepara para os próximos ciclos. Jade disputa nesta segunda-feira (28.05) a prova por equipes nos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba, na Bolívia.
“Atualmente, minha contribuição é com a experiência, para ajudar as meninas mais jovens. No geral, todo mundo se ajuda. Fico feliz em disputar mais uma edição dos Jogos Sul-Americanos. Competir aqui na Bolívia está sendo muito bom. Fico animada quando participo desse tipo de competição, porque todo mundo respira esporte, na vila, na hora do almoço ou no caminho para o ginásio”, disse.
Esta é a terceira participação de Jade em Jogos Sul-Americanos. A estreia foi ainda na época do juvenil, aos 15 anos. “É engraçado ver como os anos passam e a gente vai subindo dentro da categoria. Fico feliz em poder ajudar e contribuir com a seleção. É uma experiência que não tem preço”. Nesta temporada, o foco dos treinamentos é no pré-Pan de Lima e no Mundial da modalidade, em Doha, no Catar.
Jade, que recebe o apoio financeiro do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte, já experimentou altos e baixos na carreira. Ganhou projeção aos 16 anos, durante os Jogos Pan-Americanos Rio 2007, quando conquistou três medalhas: ouro, prata e bronze. Um ano depois, fez parte da equipe que conquistou a inédita oitava colocação nos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, na China.
Quatro anos depois, no auge da carreira, ficou de fora do grupo de cinco atletas que disputaram os Jogos Olímpicos de Londres 2012. Um problema da atleta com patrocinadores impediu sua participação. Precisou esperar mais quatro anos. Nos Jogos Rio 2016, saiu da série de solo na Arena Olímpica da Barra às lágrimas, em função de dores no tornozelo direito na final do individual geral.
Agora, a carioca espera escrever um novo capítulo na sua história olímpica na preparação para os Jogos de Tóquio, 2020. “Eu amo esse clima de grande evento. Ficamos esperando por eles com ansiedade. Acaba uma olimpíada e já queremos mais. Para todo atleta, é uma experiência única. Quero ajudar o Brasil a crescer e deixar uma marca na ginástica”, disse.
Competições femininas
Nesta segunda-feira (28.05), Anna Júlia Reis, Carolyne Pedro, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Luiza Domingues e Thaís Fidelis competem na primeira subdivisão da disputa por equipes. O dia também terá as finais do individual geral e a classificação para as provas individuais por aparelhos.
Programação da ginástica feminina:
Segunda-feira (28.05)
» Classificatórias por aparelhos, competição all around e por equipe subdivisão 1
» Classificatórias por aparelhos, competição all around e por equipe subdivisão 2
» Premiação All around e por equipe
Quarta-feira (30.05) – Finais por aparelhos
» Salto, paralelas e barra fixa
» Trave e solo
» Premiação por aparelhos
Por Rede do Esporte