Seleção não oferece resistência à Sérvia e perde por 3 sets a 0 no Mundial
Com a vitória, as atuais vice-campeãs olímpicas lideram o Grupo D da competição disputada no Japão. Brasil volta à quadra na quarta-feira, contra o Quênia
A seleção brasileira feminina de vôlei sofreu um “atropelamento” na terceira rodada da fase de grupos do Campeonato Mundial de Vôlei feminino. Jogando diante das atuais campeãs europeias e vice-campeãs olímpicas, a equipe nacional foi batida por 3 sets a 0, com parciais de 25/22, 25/18 e 25/19 na Arena de Hamamatsu, no Japão, em 1h28min de jogo.
A oposta Tijana Boskovic fez sozinha uma pontuação suficiente para quase fechar um set, com 24 pontos conquistados: 21 de ataque, um de bloqueio e dois de saques. As ponteiras Brankica Mihajlovic (15 pontos) e Milena Rasic (11) também foram decisivas.
No lado brasileiro, a oposta Tandara foi quem mais marcou pontos, com nove. O resultado deixou a Sérvia com três vitórias por 3 x 0 no Grupo D da competição. A Seleção Brasileira soma duas vitórias e uma derrota. Até entrar em quadra nesta segunda-feira, a equipe nacional não havia perdido sequer um set. Historicamente, foi a primeira vez em 22 partidas que o Brasil perdeu na primeira fase do Mundial.
A diferença técnica da partida foi mesmo o ataque sérvio e o sistema defensivo das vice-campeãs olímpicas, que proporcionou muitos contra-ataques. As europeias entregaram 24 pontos em erros delas próprias ao Brasil, contra apenas seis brasileiros, mas a seleção não conseguiu achar as principais atacantes da equipe adversária.
“Faltou mesmo a gente conseguir aproveitar esses erros delas. O nosso saque até entrou, mas a gente não conseguia tocar nas bolas no sistema defensivo. Com essa situação, o bloqueio começou a mexer de forma diferente, a defesa também, e acabou que isso nos atrapalhou. Várias bolas que estavam “no colo” caíram. Paciência. Temos de tirar um aprendizado para não ocorrer mais”, avaliou a oposta Tandara.
“A Sérvia jogou bem e foi muito forte no ataque desde o início. Elas defenderam bem nossos contra-ataques e tiveram uma recepção sempre eficiente”, avaliou o técnico brasileiro, José Roberto Guimarães. A próxima partida da equipe será na quarta-feira (3.10), a partir das 7h20 (de Brasília), contra o Quênia. O time encerra a participação na primeira fase contra o Cazaquistão, na quinta-feira, a partir das 7h20.
Os quatro primeiros colocados seguem para a segunda fase, que prevê duelos contra as quatro melhores equipes do Grupo A, composto por Holanda, Japão, Alemanha, México, Camarões e Argentina. Os resultados da primeira fase são acumulados para as disputas da segunda fase. Em função do desnível técnico no Grupo do Brasil, a partida diante das sérvias tem tudo para ter definido que as europeias serão as primeiras colocadas da chave, enquanto o Brasil deve terminar em segundo lugar.
O Brasil persegue no Mundial, disputado a cada quatro anos, o último dos títulos internacionais que faltam à Seleção, que é bicampeã olímpica, 12 vezes vencedora do Grand Prix e 20 vezes campeã sul-americana. O time nacional bateu na trave no Mundial em três ocasiões, com derrotas nas finais de 1994, 2006 e 2010. Na última edição, disputada em 2014, o Brasil terminou em terceiro, derrotado pelos Estados Unidos na semifinal. As americanas, aliás, são as atuais campeãs e também vencedoras, em 2018, da Liga das Nações.
Por Rede do Esporte