Esperança do tênis nacional, Gilbert Klier é o Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude
Brasiliense de 18 anos e 12º no ranking mundial juvenil é o único representante do país na modalidade. Fã de Roger Federer e Guga, o tenista que repetir os feitos de Orlando Luz e Marcelo Zormann e faturar mais uma medalha para o Brasil no megaevento
O tênis brasileiro tem um único representante nos Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires. Mas é um representante de peso. Neste domingo (10), o brasiliense Gilbert Klier, de 18 anos, atualmente o 12º no ranking mundial juvenil da Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês), estreia no megaevento na Argentina.
Desde os 6 anos, quando começou a jogar com o pai, Klier vem colecionando títulos e desempenhos que o qualificam para brigar por medalha nos Jogos Olímpicos da Juventude. “Estou muito feliz por participar pela primeira vez de uma edição de Jogos Olímpicos. Venho trabalhando duro, garantindo bons resultados, e estou indo para buscar uma medalha”, diz o tenista.
O torneio é uma competição da ITF e vai reunir os melhores jogadores do mundo na categoria até 18 anos. No masculino, 32 atletas disputarão as chaves individual e de duplas, ambas com eliminação simples. Venceu, avança. Entre eles, está o taiwanês Tseng Chun-hsin, 1º no ranking da ITF e que, neste ano, sagrou-se campeão do torneio juvenil de Wimbledon e de Roland Garros, foi vice-campeão do torneio juvenil do Aberto da Austrália e semifinalista do torneio juvenil do US Open.
Segundo o treinador de Gilbert, Arthur Rabelo, o torneio em Buenos Aires reunirá atletas que já se conhecem, pois disputam outros campeonatos pelo mundo, em torneios de Grand Slam, experiência que o brasileiro já tem. “Gilbert está num ótimo momento. É campeão sul-americano e chegou às quartas de final em Wimbledon”, destaca.
Além de tentar avançar na chave de simples, Gilbert também vai brigar pelo pódio nas duplas. Cada país pode ter até dois atletas. Como é o único brasileiro, ele formará time com o colombiano Nicolas Mejia, 6º no ranking da ITF. Pelas regras da competição, o parceiro do brasileiro tem que ser da América do Sul.
Os dois tenistas já se conhecem, mas nunca formaram uma dupla. Foi Mejia quem derrotou Gilbert nas quartas de final em Wimbledon, em julho deste ano. O colombiano carrega a marca de ter perdido a semifinal no jogo mais longo de um torneio juvenil de Grand Slam. Foi contra o britânico Jack Draper, 9º no ranking, e Mejia foi superado depois de uma maratona de quatro horas e 24 minutos, que terminou com vitória de Draper por 2 x 1, com parciais de 6/7, 7/6 e 17/19.
O Brasil já ganhou duas medalhas no tênis em Jogos Olímpicos da Juventude: um ouro em duplas, conquistado por Orlando Luz e Marcelo Zormann, e uma prata, na simples, também com Orlando Luz. Ambos os pódios vieram na última edição do megaevento, em Nanquim, na China, em 2014.
Agora, Gilbert Klier sonha em fazer parte dos tenistas juvenis que voltaram para casa com uma medalha dos Jogos Olímpicos da Juventude na bagagem. O brasiliense, que tem o suíço Roger Federer e o catarinense Guga Kuerten como ídolos, entretanto, quer ir além: ele persegue o objetivo de ser o nº 1 do mundo.
Por Rede do Esporte