Nacional-PAR pega San Lorenzo para ser maior zebra da Libertadores
Quando se fala em zebras na Libertadores, o principal nome que vem à cabeça é o do colombiano Once Caldas, campeão em 2004 em cima do poderoso Boca Juniors após eliminar o então bicampeão mundial São Paulo na semifinal. No entanto, o Nacional-PAR pode pulverizar esse feito caso passe pelo San Lorenzo na decisão da edição 2014 da Liberta, que começa a ser disputada nesta quarta-feira, a partir das 21h15 no Defensores Del Chaco, em Assunção (PAR).
Para começar, essa é a primeira vez que o 16º e o 15º melhores colocados nas oitavas de final se encontram na decisão do torneio. O Nacional foi o último a se classificar, com a pior pontuação e precisou passar por todos os seus adversários jogando fora de seus domínios a segunda partida – eliminou o favorito Vélez Sarsfield, o Arsenal de Sarandí e o Defensor-URU.
Além disso, o Nacional Querido, principal apelido do clube fundado em 1904, é um dos times menos tradicionais a chegar tão longe no torneio. Não é que o time não tenha história, mas é modesto, ao contrário dos gigantes paraguaios como Olimpia e Cerro Porteño. Tanto que é considerado por muitos como o “segundo” time de todos os paraguaios – fenômeno semelhante ao América no Rio de Janeiro, por exemplo.
Por fim, o Nacional-PAR chegou à sua sétima participação na Libertadores neste ano sem nunca ter passado da fase de grupos. Em 2014, não só passou pela sua chave como chega à sua primeira final e ultrapassa o Cerro, que nunca conseguiu ir tão longe (o Olimpia por sua vez é tricampeão sul-americano).
Por todos esses fatores, uma vitória do Nacional-PAR diante do San Lorenzo não pode ser definida de outra forma que não uma zebra. Mas para quem já eliminou outros dois times argentinos no caminho para a final, nada parece impossível.
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Por Terra Esportes