Massa faz o “impossível” e leva pneus até o fim: “Tive que guiar como vovó”

Logo depois de conseguir a façanha de completar o GP de Cingapura em quinto após ter parado nos boxes pela última vez na 22ª das 60 voltas, Felipe Massa, da Williams, tratou com bom humor o risco de não concluir a corrida deste domingo, vencida pelo inglês Lewis Hamilton. Durante a prova, entrevistado pela TV Globo, Paul Hembery, diretor esportivo da Pirelli (fornecedora de pneus da Fórmula 1), disse que seria “impossível” o brasileiro levar o carro até o fim com o mesmo jogo de pneus, em razão do desgaste.
Além de não só terminar a prova, mas conseguir um expressivo lugar, Felipe disse, em entrevista ao repórter Marcelo Courrege, que precisou guiar “igual a uma vovó”, explicando que precisou pilotar com um cuidado extremo, para não prejudicar mais os pneus.
– Em primeiro lugar, neste mundo, eu acho que nada é impossível. Foi possível, e quando a minha equipe falou que eu deveria ir até o final com aquele pneu, eu dei risada. Eu achei que era praticamente impossível. Dali para frente, eu comecei a guiar “como uma vovó”, para falar a verdade, saindo da curva, trocando logo de marcha, tentando não destracionar o pneu traseiro, e deu certo, chegamos no fim e marcamos bons pontos. Pena que meu companheiro, no fim, teve problemas, senão os pontos seriam mais importantes ainda em nossa luta com a Ferrari – afirmou o brasileiro.
Companheiro de equipe do brasileiro, Valtteri Bottas tentava façanha parecida – havia parado na 23ª volta. Porém, não teve o mesmo sucesso. Com um problema na direção assistida de sua Williams, o finlandês teve dificuldades de economizar pneus. Na última volta, estava em sexto, mas não resistiu à pressão do pelotão que segurava, e despencou para 11º, saindo de Marina Bay sem pontos.
Com o resultado de seus pilotos em Cingapura, a Williams manteve a terceira colocação no Mundial de Construtores, mas viu a Ferrari, quarta colocada, diminuir a desvantagem de 15 para oito pontos com o quarto lugar de Fernando Alonso e o oitavo de Kimi Raikkonen. Restando cinco etapas para o fim do campeonato, o time inglês possui 187 pontos, contra 178 da escuderia italiana.
Já Felipe foi aos 65 pontos no Mundial de Pilotos e se manteve na nona posição, aproximando-se de Jenson Button (McLaren) e Nico Hulkenberg (Force India). O novo líder é Hamilton, da Mercedes, que foi aos 241 e deixou o parceiro Nico Rosberg para trás.
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Por Globo Esporte