Após chuvas, nível do Sistema Cantareira sobe três vezes

Mesmo com o leve aumento no nível dos reservatórios, situação do abastecimento de água na Grande São Paulo ainda é considerada grave.
No começo de 2015 o Brasil inteiro tem visto as pessoas que vivem em cidades da região Sudeste inventando formas de economizar água nesse período de seca. E haja criatividade.
Outro o Jornal Nacional mostrou uma brincadeira sobre deixar de fazer a barba, mas é claro que ninguém precisa mudar de visual, ou deixar de escovar os dentes, por exemplo, por causa da crise, porque é fácil perceber que as melhores soluções são sempre as mais simples: as que dependem só de bom senso.
A chuva de ontem (6), à tarde confirma a trégua de quase uma semana entre São Paulo e São Pedro. Desde domingo (1º) o nível do Sistema Cantareira, o maior da região metropolitana, já subiu três vezes. Ontem (6) chegou a 5,4%, já considerando o uso do segundo volume morto.
O nível dos principais sistemas de abastecimento de São Paulo melhorou. O Alto Tietê passou de 11%, o Rio Grande e o Guarapiranga subiram pelo segundo dia seguido, o Alto Cotia teve a terceira alta e o Sistema Rio Claro encheu pelo sétimo dia seguido.
Mesmo com o leve aumento no nível dos reservatórios, a situação do abastecimento de água na Grande São Paulo ainda é considerada muito grave. Os moradores de um condomínio com 12 blocos e 580 apartamentos tem consciência disso. Em apenas um mês, eles conseguiram reduzir em 17% o consumo de água.
A síndica organizou um racionamento voluntário. Durante seis horas os moradores usam apenas aquilo que conseguiram guardar.
“Com isso nós deixamos de comprar os caminhões de água que eram muito caros e a gente muitas vezes não conseguia suprir dentro dos horários”, conta a síndica Iolanda Toledo.
A economia acontece nos pequenos hábitos. Na hora de barbear, basta abrir e fechar a torneira da pia. Na hora de escovar os dentes, a dona de casa Maria Cândida fica de olho no bisneto, que ainda não entende a crise da água. O banho é debaixo do chuveiro, mas o Fábio fica dentro da banheira. “Põe no balde e vai para o vaso”, explica Maria Cândida Martins.
E não é só no banho. O balde vai de um lado para o outro. A água do enxágue da máquina de lavar roupa para usar como descarga. E na cozinha, uma panela cheia é tudo que pode ser usado para lavar a louça. Ela diz que a mudança de comportamento veio para ficar.
“A água está faltando, a gente tem que ajudar. Tem que economizar para não faltar”, afirma Maria Cândida Martins.
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Do G1 / Jornal Nacional