Boris Fausto é o primeiro nome confirmado para a Flip 2015

Autor trará a experiência das memórias da perda da mulher com as reflexões históricas, sociais e políticas
Um dos principais nomes da historiografia brasileira, Boris Fausto vem ganhando espaço na cena literária – e novos leitores – com a publicação, no final do ano passado, do diário O brilho do bronze, no qual narra os sentimentos e reflexões sobre a morte da mulher, Cynira Fausto (1931-2010), com quem foi casado por quase 50 anos. É esta sensibilidade, que une a experiência do luto com a crônica da cidade de São Paulo e reflexões sobre o momento histórico do Brasil, que o autor levará à Flip 2015, que acontece entre os dias 1 e 5 de julho, em Paraty.
Filho de imigrantes judeus da região da Romênia (antiga Transilvânia), bacharel em Direito e História pela Universidade de São Paulo – USP, Boris fez doutorado em História na Universidade e chegou à livre-docência, o mais alto título acadêmico.
Entre suas obras de destaque estão A Revolução de 1930 – historiografia e história, publicada pela primeira vez em 1970, e História Geral da Civilização do Brasil, escrita em parceria com Sérgio Buarque de Hollanda, uma coleção em 11 volumes, publicada nos anos 1990, sobre a história do país, desde a colônia até 1964.
Em 1997, publicou sua primeira obra memorialística, Negócios e ócios, sobre sua infância, pela qual ganhou o prêmio Jabuti, em 1998, na categoria Ciências Humanas. Em 2010, publicou sua segunda obra em primeira pessoa, Memórias de um historiador de domingo, desta vez sobre o ofício que o tornou um dos principais nomes da intelectualidade brasileira.
Boris Fausto em cinco datas
1930 Nasce em São Paulo
1968 Conclui o Doutorado em História pela USP
1998 Recebe o Jabuti de Ciências Humanas por Negócios e ócios (memórias).
2001 Ingressa na Academia Brasileira de Ciências
2010 Morre Cynira Fausto, sua mulher
Cinco obras de Boris Fausto
1997 A Revolução de 1930 – historiografia e história
2001 O pensamento nacionalista autoritário
2006 Getúlio Vargas – o poder e o sorriso
2009 O crime do restaurante chinês
2010 Memórias de um historiador de domingo
Flip 2015
A 13ª edição da Flip, que acontece de 1 a 5 de julho, terá Mário de Andrade como autor homenageado.
Poeta, romancista, crítico musical, gestor público, folclorista, agitador cultural, Mário trouxe questões centrais para novos debates sobre o país, a vida cultural e a literatura, além de ter atuado pela preservação do patrimônio histórico e cultural, por meio da criação do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), que viria a ser o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Quem faz a Flip
A Casa Azul é uma organização da sociedade civil de interesse público, que desenvolve projetos nas áreas de arquitetura, urbanismo, educação e cultura. Desde as primeiras ações, mantém uma intensa relação com a cidade de Paraty. A Flip, os projetos educativos permanentes – Flipinha, FlipZona e Biblioteca Casa Azul – e o Museu do Território são algumas de suas experiências que potencializam importantes transformações no território e promovem o aprimoramento da qualidade de vida dos cidadãos, os valores culturais e a conservação do patrimônio material ou imaterial.
Patrocínio
A programação da Flip conta com o patrocínio oficial do Itaú e BNDES e outros parceiros ainda em vias de confirmação
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Por A4 Comunicação