Inflação da baixa renda passa de 10% em 12 meses, diz FGV
De junho para julho, no entanto, o índice registrou desaceleração.
Taxa ficou acima da registrada para o conjunto da população.
A inflação dos consumidores de baixa renda, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), perdeu força de junho para julho, ficando em 0,68%. No entanto, em 12 meses, o indicador acumula alta de 10,31%, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) está bem superior ao teto da meta de inflação do Banco Central, que é de 6,5%. O resultado também ficou acima da previsão dos economistas do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a chamada inflação oficial.
A taxa para a baixa renda ficou acima da registrada para o conjunto da população, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que atingiu 9,61% nos últimos 12 meses. Em junho, na comparação com maio, esse indicador variou 0,53%.
De junho para julho, a maioria dos preços analisados pela pesquisa mostrou desaceleração: despesas diversas (de 2,36% para 0,16%), vestuário (de 0,32% para -0,21%), educação, leitura e recreação (de 0,77% para 0,03%), alimentação (de 1,02% para 0,94%), transportes (de 0,29% para 0,13%), saúde e cuidados pessoais (de 0,64% para 0,42%) e comunicação (de 0,37% para 0,08%).
Apenas os preços relativos à habitação mostraram alta, de 0,97% para 1,18%.
Veja a variação de peços de alguns itens:
Jogo lotérico (de 29,26% para 0,00%)
Roupas (de 0,38% para -0,18%)
Passagem aérea (de 14,09% para -15,92%)
Alimentos prontos congelados (de 3,56% para 0,32%)
Tarifa de ônibus urbano (de 0,35% para 0,05%)
Medicamentos em geral (de 0,41% para 0,22%)
Tarifa de telefone residencial (de 0,25% para -0,26%)
Tarifa de eletricidade residencial (de 0,19% para 3,80%)
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Do G1