Conferência estadual debate direitos de crianças e adolescentes

Soluções para assuntos como violência, pedofilia e trabalho infantil na Bahia foram discutidas, na tarde de ontem (4), no Hotel Sol Bahia, localizado no bairro de Patamares, em Salvador, no segundo dia da IX Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente. O encontro foi iniciado na terça (3).
Representantes do Ministério Público (MP-BA), secretarias estaduais e municipais de algumas cidades baianas, juntamente com a Defensoria Pública do Estado, se reuniram com diversas organizações da sociedade civil e com os 600 delegados eleitos em conferências territoriais, realizadas ao longo do ano, para a elaboração propostas que servirão de base para a construção do Plano Decenal dos Diretos Humanos de Crianças e Adolescentes.
“Esta conferência avalia possibilidades para construirmos uma estratégia de proteção das crianças e adolescentes para serem desenvolvidas nos próximos dez anos”, explica o presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Ceca), Edmundo Kroger.
Realizado pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), em parceria com o Ceca, o evento continua até esta quinta (5). Ao final das discussões, um documento vai ser elaborado – assim como ocorre nos outros estados – para ser apresentado e discutido na X Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, em Brasília, no primeiro semestre de 2016, quando o Plano Decenal será concluído.
Dignidade
“Qualquer conferência desta natureza, seja municipal, estadual ou nacional, tem muito importância, pois é um instrumento de participação e estímulo ao protagonismo. Aqui, inclusive, [temos] a participação de jovens para nos sinalizar quais os anseios e o [que] precisa ter a assistência fortalecida”, afirma Iara Farias, titular da Coordenação da Criança e do Adolescente, da SJDHDS.
Trinta e oito adolescentes, com idade entre 12 e 17 anos, participam da conferência e expõem o que precisam para viver com dignidade. Eles formam o G-38, uma equipe integrada por representantes dos 27 estados brasileiros e 11 participantes de grupos sociais de quilombolas, negros, crianças em situação de rua, LGBT, entre outros, para debater questões plurais do convívio em sociedade.
Para o representante da Bahia no movimento, Silas Santos, quem melhor pode dizer o que precisam são as próprias crianças e adolescentes. “A discussão é fundamental para fortalecermos os mecanismos de apoio aos jovens. Mas somos nós quem sabemos mais o que falta e o que necessitamos. Estamos presente para ajudar a reforçar os cuidados”.
A conferência estadual é um evento que se repete a cada três anos para discutir questões ligadas à assistência ao público infanto-juvenil. Nesta edição, serão eleitos os 39 delegados que irão representar a Bahia no evento nacional.
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Por Secom/BA