Taxa de desocupação sobe em todas as grandes regiões brasileiras
Todas as regiões brasileiras registraram aumento na taxa de desocupação, no primeiro trimestre deste ano, segundo mostra Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados divulgados nesta quinta-feira (19), confirmam a taxa de desocupação no Brasil, em 10,9%.
Em relação ao mesmo período de 2015, a taxa de desocupação no Nordeste passou de 9,6% para 12,8%; no Sudeste de 8,0% para 11,4%, no Norte de 8,7% para 10,5%, no Centro-Oeste de 7,3% para 9,7%; e no Sul de 5,1% para 7,3%. No final do ano passado – quarto trimestre de 2015 – as taxas haviam sido de 10,5% no Nordeste, 9,6% no Sudeste, 8,6% no Norte, 7,4% no Centro-Oeste e 5,7% no Sul.
O indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar – o nível de ocupação – ficou em 54,7%. Apenas a região Nordeste obteve média inferior à do país, 49,0%. Já, o porcentual de empregados no setor privado com carteira de trabalho no período fechou em 78,1%; e o rendimento médio real habitual dos trabalhadores do Brasil foi de R$ 1.966. A maioria das regiões obteve rendimento acima da média nacional, com exceção do Norte e o Nordeste, com R$ 1.481 e R$ 1.323, respectivamente.
Impacto
Diante dos números apresentados, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) ressalta a gravidade dos problemas enfrentados pelos gestores locais em diversos aspectos. A área de pesquisas da entidade salienta: a maioria dos entes municipais é de pequeno porte e o maior empregador nas regiões interioranas, mas por conta dos reflexos da crise, que têm se arrastado ao longo dos anos e foi agravada pelo cenário nacional, essas administrações têm promovido demissões para tentar fechar as contas no encerramento do mantado.
Além disso, a população dessas regiões menores tende a buscar por ocupação nos centros urbanos maiores, afetados também pela retração econômica. O que, segundo a Confederação, confirma os dados da pesquisa A Crise Pela Ótica dos Municípios Brasileiros, que teve versão atualizada e divulgada neste mês. O levantamento da CNM mostra que uma das medidas mais adotada foi a redução do quadro de funcionários, seguida pela diminuição dos cargos comissionados, tomadas, respectivamente, por 56,2% e 54,5% dos municípios que estão efetivamente buscando saídas para o cenário de crise. Além disso, em 78% dos Municípios pesquisados houve crescimento de pedidos de auxílio financeiro, tais como empregos e cestas básicas.
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Por CNM