Após 3 anos, vendas do comércio crescem em abril

Pesquisa do IBGE mostra que varejo registrou avanço de 0,5% na comparação entre os meses de março e abril. Receita aumentou 1,2% no período
Depois de três anos, o comércio voltou a apresentar resultado positivo em abril. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do varejo cresceram 0,5% na comparação entre o mês passado e março.
Com esse desempenho, os comerciantes registraram alta no faturamento, que cresceu 1,2%. O resultado é o maior para o mês desde 2009, quando havia ocorrido uma expansão de também 1,2% nas receitas. Esses números são nominais, ou seja, sem descontar a inflação.
O avanço no período foi puxado pelo segmento de tecido, vestuário e calçados, com expansão de 3,7% nas vendas; por artigos pessoais de uso pessoal e doméstico, com alta de 2,8%; e por supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que cresceu 1%.
Retomada
Um avanço nas vendas do varejo é importante por mostrar que as famílias, a despeito do cenário econômico, continuam a consumir e, com isso, demonstram alguma melhora no nível de confiança em relação ao futuro.
“Os dados mostram crescimento de 0,5% após recuo de 0,9% em março, compensando parcialmente as vendas do varejo”, observou Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
Ela ponderou que o perfil positivo não se repetiu em todas as atividades avaliadas pelo IBGE, mas destacou que três itens puxaram o número para cima: supermercados, tecidos e sapatos e artigos de uso pessoal e doméstico.
Na segunda-feira (13), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a implementação de políticas econômicas apropriadas ajudará a tirar o Brasil da crise recebida pelo novo governo.
Medidas
“Com essas medidas, o País será recolocado em trajetória de crescimento e voltará a gerar emprego, renda e bem-estar para a população”, afirmou. “Há muito o que fazer”, ponderou o ministro.
Os dados do IBGE, a despeito de mostrarem um avanço, reforçam a avaliação do ministro, de que a nova equipe econômica, que completou um mês na semana passada, ainda tem muito trabalho pela frente.
No acumulado de 2016, o volume de vendas está negativo em 6,9%. Com as medidas de reorganização da economia propostas pelo governo em exercício, a expectativa é de minimizar essa perda do comércio no ano.
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Por Portal Brasil